Vergonha de ser brasileiro. Ou: Por que não te calas?
A presidente Dilma Rousseff afirmou, em entrevista ao jornal americano “The Washington Post”, que há “um pouco de preconceito sexual” na forma como é descrita a sua forma de governar.
Em resposta a uma afirmação de que dizem que Dilma é uma micromanager – termo em inglês que designa um chefe muito controlador –, ela questionou se “alguma vez você já ouviu alguém dizer que um presidente do sexo masculino coloca o dedo em tudo”.
“Eu acredito que há um pouco de preconceito sexual. Sou descrita como uma mulher dura e forte que coloca o nariz em tudo, e eu estou [me dizem] cercada por homens muito bonitos”, completou.
Por favor, alguém precisa colocar freios nessa senhora. Ela não é qualquer pessoa para sair por aí dizendo bobagens em cadeia planetária. É a presidente de um país com 200 milhões de pessoas, cuja imagem é profundamente afetada cada vez que ela fala de improviso. O cargo que ela ocupa está – ou pelo menos deveria estar – subordinado a uma certa liturgia.
Não, dona presidenta, o problema do público em relação à senhora não é derivado de nenhum preconceito sexual. Se há algum preconceito é em relação a essa mistura explosiva de incompetência, arrogância, arbitrariedade e tolice.