Teto de dívida para americano ver
BERNARDO SANTORO*
Novamente volta à discussão a questão do teto da dívida americana. Como os EUA, graças a uma temerária política estatista que vai contra os valores e princípios que nortearam a sua criação, com intervenções militares externas e o estado de bem-estar social, estão completamente falidos, vão empurrando a dívida cada vez mais, ao invés de se formar um grande pacto nacional para resolver essa questão.
O Globo noticia que as bolsas estão descendo em virtude da expectativa de uma nova crise do limite da dívida, tal como aconteceu em 1995, 2011 e 2013. Mas existe mesmo qualquer chance de os EUA entrarem em moratória? Eu acho que não.

O teto da dívida foi desrespeitado três vezes nos últimos vinte anos, e só não o foi mais porque todo ano o Congresso aumentava seu limite mais um pouco. Quando se tem um instrumento fiscal de limite que pode ser modificado por conveniência política, então é como se não existisse tal instrumento.
E o que é pior: uma série de acordos e negociatas são feitos para garantir esse aumento da dívida, o que acaba por ser um instrumento de política da oposição, e não um instrumento de política fiscal.
Ou se moraliza o instrumento, para que o povo americano efetivamente conte com o fato de que seu governo não o endividará ainda mais, ou que se acabe com ele. O que não dá é para toda a economia mundial ficar a mercê de mais um acordo de gabinete.
Eu, particularmente, defendo a primeira opção.
*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL