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Só Temos Nossas Consciências

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ROBERTO MOTTA*

Hoje todo mundo sabe tudo, mas ninguém tem certeza de nada. Temos todo o conhecimento do mundo ao alcance de um smartphone, mas é impossível distinguir o genuíno do fake, como se a realidade tivesse virado uma Wikipedia adulterada para induzir ao erro e à confusão.

Quem consegue saber o que é realmente adequado, justo e sustentável ? Ou diferenciar o que é correto daquilo que é apenas politicamente correto?

Temos o direito inalienável e total sobre nossos corpos, ou devem certas práticas e atos permanecer para sempre proibidos ? É necessário proteger minorias ou essa é apenas uma jogada de marketing político que tem, a longo prazo, o efeito oposto ao alegado ? É correto estabelecer uma idade abaixo da qual infratores tem tratamento diferenciado, ou isso é, na verdade, um perverso estímulo às infrações ? Existem mesmo povo ou apenas indivíduos, para sempre diferentes e complexos demais para ser enquadrados em definições grosseiras e alienastes ?

Eu digo que somos donos das nossas vontades, livres por natureza. Mas me dizem, com a mesma certeza, que somos apenas sujeitos históricos de um processo.

Me dizem que para sair desse labirinto é preciso ler Freud, Marx, Gramsci, Keynes,  McLuhan, Chomsky. É preciso entender a regulação social, a corporeidade, a retroalimentação. É preciso um mundo mais justo. É preciso reduzir a desigualdade.

Eu me recolho aos meus livros, estudo. Não parece ter existido, em tempo algum, justiça ou igualdade. Vem da antiguidade o hábito de massacrar inimigos, roubar suas crianças e violar suas mulheres. A queda da Bastilha foi seguida pelo Terror, pela devastação Napoleônica, pelo sangue na Argélia e Vietnã – o mesmo sangue derramado pelos EUA no México e nas Filipinas, pela Espanha nas Américas, pela Grã-Bretanha na Índia e na África, pelo Japão na China, pela China na Coreia, pela Rússia na Rússia, pela Alemanha no mundo inteiro, e assim até o infinito. Africanos matando africanos, mulçumanos matando cristãos que matavam judeus. Ninguém é inocente.

As revoluções francesa, russa, chinesa, cubana e iraniana, a primavera de praga e a primavera árabe. Sangue, sangue, sangue. Quanto maior o apelo à justiça e igualdade, mais sangue. Uma guerra para acabar com todas as guerras. A ditadura do proletariado. Uma revolução cultural.

 

Sociedade livre, justa e solidária. Quanto maior a promessa, maior a queda.

É a história falando: ideologias são ilusões, promessas de justiça e igualdade à força são falsificações grosseiras vendidas por charlatães.

Não se pode legislar a igualdade, da mesma forma que não é possível legislar a honestidade ou a alegria de viver.

Artigo Primeiro: fica decretado que todos os homens serão felizes.

Não compro a ideia do Estado pai, equalizador. Não compro a ideia das minorias, a política da divisão e do conflito, a luta de classes.

Na verdade, no mercado de ideias eu sou vendedor. E é isso o que eu vendo:

O destino do homem é ser livre, usufruir dos benefícios e arcar com as terríveis consequências da liberdade. Estamos sozinhos, sem anjos ou santos a nos guiar. A única coisa que temos são nossas consciências.

Nem leis, nem punhos cerrados, nem ideias emboloradas de assassinos barbudos do passado.

Agora, como sempre, temos apenas nossas consciências nos guiando.

* REPRESENTANTE DO PARTIDO NOVO NO RIO

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