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Sumiu o trigo argentino

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RODRIGO CONSTANTINO *

O socialismo tem uma incrível constância: onde ele é adotado, em pouco tempo há “fartura” geral, isto é, “farta” comida, “farta” papel higiênico, “farta” tudo! A escassez é o único resultado possível sob o socialismo. Sempre foi assim, e sempre será. Mises e Hayek já explicaram os motivos de forma irrefutável.

E eis que a Argentina vai ficando até sem grãos! Tradicional país exportador de commodities, responsável pela fortuna de Onassis em tempos áureos, o país vizinho vai definhando rapidamente sob o controle estatal de Kirchner. A Argentina teve a pior colheita de trigo dos últimos 111 anos. Isso mesmo: há um século atrás, o país conseguia produzir mais trigo do que hoje. Diz a reportagem:

Produtora de trigo por excelência, a Argentina ficou impossibilitada não só de abastecer a demanda brasileira do cereal, mas também a doméstica. O fraco desempenho do trigo levou a uma severa crise no abastecimento doméstico, cujo preço do produto tornou-se o mais alto do mundo, atingindo valores superiores a US$ 520/ton.

O retrocesso da safra de trigo foi resultado da mistura de intempéries climáticas, intervenção oficial no preço interno e restrições às exportações. Desde 2007, a área cultivada com trigo vem sofrendo cortes, como resposta dos produtores à intervenção oficial.

Segundo deputado opositor Julio César Martínez (União Cívica Radical/UCR), a próxima safra de trigo, cujo plantio já começou, “também estará praticamente perdida porque o produtor não tem estímulo”. Ele apresentou um projeto de lei para acabar com as retenções (as alíquotas de exportações) e proibir as barreiras às exportações. O texto determina que o governo terá a obrigatoriedade de fixar, no primeiro trimestre de cada ano, o volume necessário para atender a demanda doméstica. O restante da produção, pelo projeto, ficaria livre para exportação sem qualquer tipo de restrição.


Martínez explicou que, se o produtor tiver liberdade de vender sua colheita, terá estímulo para plantar cada vez mais. O deputado defende ainda, no texto, créditos do Banco de la Nación, equivalente ao Banco do Brasil, com taxas e prazos acessíveis ao pequeno e médio produtor e um ano de carência. O deputado afirmou que é um fracasso a política de intervenção aplicada pelo governo de Cristina Kirchner, executadas pelo secretário de Comércio, Guillermo Moreno.

Que a desgraça previsível da Argentina sob o socialismo crescente nos sirva de lição!
* PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

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