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Resenha: A Revolta de Atlas

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A Revolta de Atlas é um romance filosófico escrito por Ayn Rand e publicado em 1957. Com o objetivo de realizar uma crítica contundente à crescente intervenção dos governos nas liberdades individuais, a autora desenvolve uma elaborada distopia que reflete a sua visão sobre a política e a economia dos Estados Unidos da América e do mundo ocidental em geral.

Entre as características marcantes da distopia que serve de ambientação para o enredo da obra, podem ser mencionadas:

• Intervenção estatal excessiva: em A Revolta de Atlas, o Estado passa a exercer total controle sobre a economia, ao ponto de agentes governamentais intervirem diretamente nas atividades empresariais e determinarem as escolhas de profissões;
• Desvalorização do indivíduo: o Estado e a sociedade repudiam o sucesso pessoal, de modo que os indivíduos são coagidos a sacrificar os seus próprios interesses em favor do bem-estar da coletividade;
• Equidade forçada: para a execução dessa filosofia altruísta, o Estado impõe coercitivamente a igualdade entre os cidadãos, o que é notavelmente realizado por meio da nacionalização de empresas e do compartilhamento forçado das conquistas dos empresários mais proeminentes com outros empresários menos competentes;
• Declínio econômico e tecnológico: em decorrência do controle estatal autoritário e da redistribuição forçada de riqueza que suprimem o mérito pelo esforço individual e desincentivam a inovação, o declínio econômico se acentua conforme a intensificação das medidas interventivas impostas pelo Estado;
• Colapso da infraestrutura: na obra, a crise econômica é exemplificada mais claramente a partir da degradação da infraestrutura de transporte de passageiros e de carga resultante da falta de manutenção e de investimentos, o que impacta fortemente a qualidade de vida das pessoas.
Em A Revolta de Atlas, as personagens construídas por Ayn Rand cumprem a função de representar os diferentes valores e princípios em evidência na distopia retratada na obra. Entre essas personagens, merecem ser destacadas:

• Dagny Taggart: protagonista da história, Dagnyé a Vice-Presidente de Operações da Ferrovia Taggart e representa a dedicação obstinada ao trabalho, a busca pela excelência e a crença no individualismo;
• Hank Rearden: metalúrgico e inventor do “Metal Rearden”, que é bastante superior ao aço, o personagem representa o empreendedorismo, a criatividade e a produção individual;
• John Galt: líder do movimento de empresários que, para protestar contra a intervenção estatal, optaram por desaparecer, o personagem representa o idealismo dos indivíduos talentosos que se recusam a ser explorados pelo Estado e que buscam viver de acordo com os próprios valores;
• Francisco d’Anconia: empresário que lidera uma multinacional produtora de cobre e melhor amigo de Dagny, o personagem representa a integridade moral e a nobreza que circunda o sucesso individual e;
• James Taggart: irmão mais velho de Dagny Taggart e presidente da Ferrovia Taggart, o personagem representa a corrupção, a ineficiência e a falta de habilidade para liderar.
O enredo da obra acompanha Dagny Taggart enquanto a personagem luta para manter a operação da Ferrovia Taggart e enfrenta o crescente intervencionismo do Estado sobre a economia. No desenvolver da história, Dagny descobre que John Galt lidera o desaparecimento de empresários e indivíduos talentosos que escolheram abandonar a sociedade como forma de protesto contra as medidas adotadas pelo governo dos Estados Unidos da América.

De maneira resumida, Ayn Rand se vale da distopia, das personagens e do enredo meticulosamente criados e desenvolvidos em A Revolta de Atlas para defender o individualismo, o capitalismo e a liberdade individual, ao mesmo tempo em que critica o coletivismo e o intervencionismo estatal.

*Hugo Schneider Côgo – Associado III do Instituto Líderes do Amanhã.

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