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Por que os piores chegam ao poder?

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Relembro a sensação de tristeza, que pensei que não sentiria novamente, desde o anúncio da reeleição da então presidente Dilma Rousseff em 2014. Contextualizando um pouco, naquela época, minha empresa tinha menos de um ano e eu já sabia que os próximos meses seriam complicados.

No momento em que fiquei sabendo sobre a anulação, pelo ministro Fachin, das condenações relacionadas à operação Lava-Jato, do ex-presidente Lula, aquela angústia de que novamente teremos uma turbulência em nosso país revisitou-me.

Entretanto, desta vez, pude ter mais discernimento e comecei a buscar respostas para as perguntas: qual a raiz de tamanha impunidade no Brasil e por que permitimos que esses figurões com tendências totalitárias cheguem ao poder?

Tal como disse Thomas Sowell, em seu artigo de título Big Lies in Politics (Grandes mentiras na política): “O fato de tantos políticos de sucesso serem mentirosos tão desavergonhados não é apenas um reflexo sobre eles, é também um reflexo sobre nós. Quando as pessoas querem o impossível, apenas os mentirosos podem satisfazê-las, e apenas no curto prazo”.

Lembrei-me do capítulo Porque os piores chegam ao poder no livro O Caminho da Servidão de Hayek. Ele advertiu que não basta assegurar que pessoas “boas” sejam eleitas, mas garantir que o totalitarismo seja rejeitado em todas as suas formas: econômica, política, social.

Hayek pontuou que existem três razões para este fenômeno em regimes que tendem ao totalitarismo. A primeira razão diz respeito a rebaixar o grau de instrução e inteligência da população, para que se reduzam os padrões morais e intelectuais, em que prevalecem os instintos e gostos mais primitivos e comuns, facilitando assim a união em volta de uma causa em comum. A segunda razão: é mais fácil o apoio de pessoas dóceis e crédulas, que não possuem convicções próprias fortes, pois elas estão mais propensas a aceitar um sistema de valores já pronto. A terceira razão e a mais importante é o fato de que as pessoas naturalmente coincidem sobre um programa negativo com mais facilidade, tal como o ódio a um inimigo ou a inveja dos que estão em situação melhor, que sobre qualquer tarefa positiva.

Sei que não existe resposta simples, mas tenho convicção de que a resolução desse problema passa pelo Estado de Direito, em que o papel do Estado é proteger os indivíduos e seus direitos inalienáveis à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade, pois, enquanto houver planejamento centralizado do Estado, sempre haverá grupos de pressão decidindo os rumos do nosso Brasil.

*Luis Zandonadi Bissoli é associado do Instituto Líderes do Amanhã. 

Referências:

https://townhall.com/columnists/thomassowell/2012/05/22/big-lies-in-politics-n1310792

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