Sobre as explosões na Praça dos Três Poderes
Um infeliz em desequilíbrio cometeu suicídio explodindo-se na Praça dos Três Poderes. Eis o que lamentavelmente aconteceu.
Dir-se-á ou insinuar-se-á que a divulgação massiva do extremismo da direita fascista pelas redes sociais despertou nele sentimentos golpistas muito perigosos que o fizeram atentar contra o Estado democrático de Direito, assim como na terrível tentativa de golpe de Estado com estilingues e bolinhas de gude de 8 de janeiro de 2023.
Há pouco, porém, Donald Trump foi baleado nos EUA, e poucos se queixaram da influência nefasta da pregação apocalíptica dos formadores de opinião “progressistas” naquele país. Jair Bolsonaro, por sua vez, sofreu a notória facada de Adélio Bispo em 2018. Essas sim foram ocasiões em que se cometeu flagrante atentado à democracia, pretendendo eliminar candidatos que representariam uma das parcialidades políticas no processo eleitoral, querendo extrair da disputa pela força quem deveria ser avaliado pelo voto.
Não importam as opiniões políticas do suicida: é um desequilibrado. Que esteja vetada desde já qualquer tentativa de justificar o aumento do já abusivo poder estatal de nos censurar e de tentar policiar nossas consciências explorando essa tragédia individual.