Pessimismo realista

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Nunca fui afeito aos radicalismos – não somente na esfera política como também em quase todos os campos sociais. Evidente que não estou me referindo à nefasta narrativa de marxistas de carteirinha e do partido da mídia, que denominam como membros de “extrema-direita” todos aqueles que discordam das absurdas ficções e das asneiras coletivistas. Não há nada mais “fake” do que isso.

Tenho minhas oportunidades de melhoria. Mas quem não as têm? Muitas vezes fui repreendido, construtivamente, por ser um sujeito pessimista. O pessimismo nos torna mais pesados, especialmente junto àqueles que nos rodeiam, e, claro, desesperançosos.

Por outro lado, tenho verdadeira aversão pelos mensageiros do “amor” e dos delírios despropositados de otimistas irrealistas, que dissertam sobre coisas que desconhecem e/ou não possuem a fundamentação lógica para tais alucinações. Eu gostaria muito de ser mais otimista quanto ao estado das coisas no país. Isso me deixaria mais feliz e, especialmente, tranquilo.

Penso que deveria seguir aquilo que disse G. K. Chesterton: “Você precisa odiar o mundo o suficiente para mudá-lo, mas amá-lo o suficiente para considerar que vale a pena mudá-lo”. Não há dúvidas. Porém, nessa republiqueta das bananas e do arroz, não há muito espaço para cambiar minhas percepções para lá de pessimistas.

99% do que o Estado faz é ineficiente! O governo não cria riqueza, são as pessoas e as empresas que o fazem. O que o governo faz, factualmente, é dificultar a essencial geração de riqueza. O atual desgoverno nababesco gasta, de forma equivocada, muito mais do que arrecada coercitivamente dos contribuintes pagadores da conta. Contra fatos, não há argumentos válidos. Temos um péssimo ensino – sobra doutrinação -, não há segurança, e a infraestrutura tupiniquim é mais ou menos a do século passado. Para ser econômico…

O contraditório é e sempre será fundamental para o debate genuíno de conceitos e ideias, para a verdade e para o efetivo desenvolvimento. Ganha-se conhecimento na temática e compreensão no processo. Sinto afirmar que, embora já anacrônica a divisão “direita e esquerda”, não existem mais aqueles otimistas de esquerda, legitimamente preocupados com a injustiça e o bem comum.

Pois como não ser um pessimista quando a administração do país se encontra nas mãos de uma gangue que já assaltou o país e que agora retornou à cena do crime, ainda mais experiente e energizada? Eles são populistas, incompetentes e, o que é pior, corruptos natos, acostumados a focar nas falcatruas libidinosas ao invés de centrar em projetos para o aumento do bem-estar da população.

Tecnicamente, temos um Estado repleto de instituições extrativistas, que extraem a renda e a riqueza de seus criadores em benefício próprio e/ou tribal. Tal Estado ineficiente e corrupto tem no compadrio o seu esporte predileto, privilegiando determinados segmentos e “empresários” em detrimento de outros, daqueles que consideram seus inimigos.

O desgoverno que aí está já chegou a declarar que o setor agropecuário nacional é fascista! Com a tragédia gaúcha e o desamparo do desgoverno ao Rio Grande do Sul, mais uma vez, tornaram-se cristalinas a incompetência e a verdadeira despreocupação com o povo de carne e osso.

E agora na questão do arroz gaúcho, hein? Leilão de arroz importado. Leia-se mais uma gloriosa fonte para colocar dinheiro nos bolsos colorados e dos amigos do rei e afundar o Rio Grande do Sul. Mesmo diante dessa tragédia sem precedentes, ontem foram divulgadas informações referentes às empresas participantes do achaque do arrozal. Um fabricante de sorvetes, uma mercearia de queijo e uma locadora de veículos estão entre as “vencedoras” do referido “leilão”. Para ficar “melhor”, a empresa que ficou com o maior volume de compra trocou o capital social logo antes do anúncio do leilão. Mera coincidência.

Como uma leitora minha afirmou “que adora meus textos, mas que estão muito longos e… cansativos”, ficarei por aqui. Notório House of Cards Brazil, ligações perigosas e libidinosas, intrigas, crueldades e muito roubo. Excesso de desfaçatez, imoralidade e corrupção. Escassez de moralidade e de genuína preocupação com o povo.

Meu otimismo é aquele relacionado à despreocupação, uma vez que com esse desgoverno não se corre nenhum risco de dar certo. Claro, para o povo! Ser otimista, sim, sim… Neste momento, ser otimista é sinônimo de ser irresponsável, irrealista, ingênuo e estúpido. Isso é um escárnio!

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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