O papel principal do Milei para a Argentina

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Saber que não se quer mais algo com o qual convivemos há anos não significa que sabemos o que queremos do futuro.

A Argentina votou em Milei não porque acredita no capitalismo, mas porque todas as alternativas oferecidas pelo peronismo, e não foram poucas, levaram ao colapso da moralidade na política e dos fundamentos para o desenvolvimento econômico.

Milei ganhou num processo de exclusão.

O papel principal do Milei será educativo. Ele precisa ensinar aos argentinos que existe um sistema social que permitirá aos argentinos florescerem e prosperarem.

No entanto, a aceitação do capitalismo passa, antes, pelo reconhecimento de que é preciso usar a razão, ser virtuoso, respeitando os direitos individuais à vida, à liberdade e à propriedade de todos.

Cada um de nós é um fim em si mesmo, e todas as interações sociais devem ser livres, espontâneas e voluntárias, baseadas em escolhas pessoais racionais, tomadas para criar os valores que irão supostamente satisfazer ao autointeresse do agente, sem impor sacrifícios a ninguém. Nem a si nem aos outros.

Esforço com racionalidade, honestidade, integridade, produtividade, independência e senso de justiça, sim! Sacrifícios, não! É muito importante que Javier Milei se aprofunde nas ideias de Ayn Rand e se torne o defensor dos princípios que fazem com que uma sociedade se torne civilizada, como os argentinos, inclusive ele, desejam e precisam. É preciso que pensem e ajam para merecê-lo.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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