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O liquidificador da verdade objetiva

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Sou de linhagem hobbesiana. A maldade, e por via de consequência, a rejeição da verdade são imanentes à natureza humana. Porém, como se tornou antiquada a vinculação com o divino, e “moderna” a arte de chocar – obviamente, fazendo alusão à galinha -, o senso moral, a inteligência e a verdade transformarem-se em virtudes pré-históricas. Um horror.

O legítimo ideal coletivista é grosseiramente individualista. Mais ou menos um “quero que os outros – nós, o povo – se explodam; eu quero para mim e para minha tribo”. Ponto final. A moderna virtude parece estar encarnada em malandros maldosos, imorais sem escrúpulos, e em verdadeiras nulidades, intelectualmente falando.

São tantas injustiças e autoritarismos que, de tanto triunfarem, banalizaram-se e agora se vestem, luxuosamente, sob o véu da verdade. O quarto poder, a mídia – antes guardiã dos fatos, das evidências e da verdade -, transfigurou-se em um aparato validador da patifaria, um liquidificador da verdade objetiva.

Veja e escute qualquer programa que envolva analistas de política e economia. É sobrenatural: todos eles possuem a mesma opinião, inclusive, os especialistas convidados. Isso me lembra o personagem Múcio, cujo bordão era o famoso “Tirou daqui, ó!”. Literalmente, todos estão interessados na mesma “verdade”, não desejando criar atritos, uma vez que todos suportam o mesmo sistema.

Claro que não é uma mera coincidência; todos eles são extremamente rigorosos, técnicos e inteligentes, não é mesmo? Surreal. Não aparece uma visão ou voz divergente, capaz de elucidar a verdade dos fatos. Esses “comprados” escolhem recortes dos acontecimentos, “analisando” e opinando somente sobre a parte que lhes interessa.

A bem da verdade, todos os “não especialistas” (risos) sabemos que os fatos sumiram do mapa faz tempo. O que reina livre, leve e solto é o desejo tribal preconcebido de tais especialistas. Quando o desejo entra em cena, nada é capaz de freá-lo.

Nunca pensei que viveria em tempos midiáticos de apoio à falta de liberdade de expressão, de suporte à censura, ao autoritarismo, ao desrespeito à Constituição e ao devido processo legal, enfim, a uma coleção de transparentes atrocidades.

Como exemplos, bastam ser citados a coluna em ZH da “especialista” Rosane de Oliveira sobre o ministro Alexandre “O Grande” e a performista global petista Daniela Lima. Essa, parceira suprassumo da trupe do desgoverno e da injustiça mente descaradamente, sem sequer corar. Escárnio.

Aí me vem à mente outra lembrança. Desta feita, do humorista e compositor Juca Chaves. Dizia ele: “a imprensa é muito séria; se você pagar, eles até publicam a verdade”. Tristemente, bingo!

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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