Como disse antes, independentemente do resultado, é uma tristeza que tantos milhões de votos sejam destinados a premiar o líder do país durante o maior assalto à nação da História.

Depois de tudo que aconteceu nos últimos anos, ver Lula liderar uma eleição é uma absoluta derrota nacional, tal como foi o retorno de Getúlio Vargas em 1950.

Independentemente dos inúmeros problemas do bolsonarismo, a responsabilidade por nossas ações é individual. Cada pessoa que votou em Lula considerou o fato de ele estar concorrendo à Presidência da República algo normal o suficiente para digitar seu número na urna. Isso para mim sempre será incompreensível.

O Partido Novo sofreu uma dura derrota nas urnas, excetuando-se a vitória estupenda de Romeu Zema em Minas Gerais. Esse fracasso é péssimo para o liberalismo brasileiro e para a agenda reformista. A legenda segue precisando de uma profunda reavaliação.

Os institutos de pesquisa devem ser sumariamente ignorados. Não é possível mais compreender a serventia deles.

O bolsonarismo e o antipetismo (também o lavajatismo, com Moro e Dallagnol) dominaram as eleições legislativas, inclusive no Senado, ao lado, naturalmente, do Centrão.

Também houve muito mais vitórias de governadores estaduais com apoio de Bolsonaro que de Lula. Isso significa que é o Lula como indivíduo, com seu populismo, que tem capital político, não a esquerda.

A esquerda continua tomando uma surra e não encontra perspectiva de recuperação. Melhor para o Brasil. Também implica que, se Lula vencer a eleição presidencial, deverá experimentar bastante sufoco.

Os senadores antipetistas também deverão ser cobrados para adotar uma postura dura contra o autoritarismo do STF.

A maior parte do eleitorado brasileiro decidiu que as pessoas mais indicadas para liderar o país são Lula ou Bolsonaro.

Absolutamente não concordo com a maior parte do eleitorado nessa decisão; no entanto, a democracia é isso e as opções que restam, como esperado, são essas.

Sou a mesma pessoa de 2018 e enfrentar o PT é a prioridade.