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Israel e o direito legítimo de autodefesa

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Não preciso citar números, não preciso contar sobre a longa história de Israel, de como Abraão teve uma revelação ou como Moisés libertou seu povo no Egito, vagou pelo deserto do Sinai até voltar a Canaã. Não preciso contar sobre os feitos de Davi e Salomão, sobre a dominação dos assírios, dos babilônicos, dos persas, dos helênicos comandados por Alexandre, o Grande. Todos conhecem a história dos romanos que expulsaram os judeus de suas terras duas vezes, escorraçando-os dos reinos de Judá e de Israel, dispersando hebreus, israelitas, judeus, como você quiser chamá-los, por toda parte do mundo. Não preciso contar o que aconteceu na Europa durante a Inquisição, os pogroms, o Holocausto. Não preciso contar essa história, mas aí ela está, para quem quiser procurá-la e conhecê-la.

O povo judeu vive espalhado pelo mundo e se move de lá para cá de acordo com a aceitação e rejeição com que são recebidos por onde passam, onde se estabelecem e de onde são expulsos, mesmo depois de centenas de anos de convivência pacífica, mutuamente profícua, com os povos que os recebem.

Os pogroms no Leste Europeu, e principalmente o Holocausto, fizeram os judeus entenderem que sua segurança estava ameaçada em nível existencial. A tolerância que os judeus tinham na Europa, que os permitia migrar de um país para o outro, de um gueto aqui para outro lá, deixou de existir. Os judeus deixaram de ser expulsos daqui para se instalarem ali, o que ocorreu de século em século, para se tornarem alvo de uma política genocida inédita, que simplesmente almejava exterminá-los da face da Terra. Os judeus seriam expulsos de uma vez por todas dos campos e cidades da Europa para o além, para sempre. Mas não foram.

Com seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas, por ódio ou cobiça, com o auxílio de países ou grupos antissemitas europeus, ressurge o espírito do sionismo. Ao longo do século XX, do seu início marcado pelos pogroms até o fim da Segunda Guerra Mundial, os judeus construíram o seu campo de refugiados com o dinheiro dos capitalistas judeus da Europa e Estados Unidos e com a força de trabalho dos socialistas que se organizaram no que veio a ser chamado de kibbutz. Ali, em meio ao Império Otomano, os judeus conviviam com outro povo rejeitado, os palestinos que não eram aceitos por seus irmãos árabes da Jordânia, do Líbano e do Egito. Dois povos que em 1947 foram premiados com a possibilidade de transformar seus campos de refugiados em estados livre e independentes.

O passado ancestral recebia sobre ele uma pedra fundamental sobre a qual cada povo poderia construir o futuro que quisesse, seus filhos poderiam florescer e a sociedade que dali surgiria poderia prosperar e enriquecer em todos os sentidos. Os judeus peregrinaram pelo mundo, desenvolveram-se, evoluíram, aprenderam a lidar com a realidade, com a ciência, com a tecnologia, sem se desvincularem da religião que serve de ponto de união entre seus indivíduos. Os judeus voltaram-se para sua terra para transformar seu campo de refugiados em uma das mais desenvolvidas sociedades da Terra, seja sob o aspecto social, político ou econômico. Seus vizinhos palestinos não tiveram a mesma sorte. Seus líderes preferiram seguir cultivando a cobiça e o ódio, em vez de cultivarem a terra, o conhecimento e a produtividade.

A história de Israel e da Palestina corre em paralelo desde os tempos ancestrais. A diferença é que os judeus evoluíram e grande parte dos palestinos se mantiveram estagnados com sua mentalidade primitiva, religiosa, baseada em rituais e superstições. Os judeus também têm seus rituais e superstições, mas sua religião tem um pé nos céus e um pé na Terra. O paraíso não está noutra vida. O paraíso é construído aqui com ideias, com trabalho, com princípios, com valores, com ideais que exaltam a vida, a razão, a liberdade. Jamais a morte.

Israel é o último campo de refugiados que os judeus têm na Terra. Era para ser inexpugnável, a última fronteira, a última trincheira. É uma obrigação moral, um imperativo categórico, defender esta cidadela definitiva, cobrando o mais alto preço daqueles que um dia ousaram violá-la. O direito legítimo de autodefesa não é um princípio relativo, é um direito tão absoluto quanto o próprio direito à vida. Renunciar ao direito de legítima defesa, que consiste não apenas em defender de quem nos ataca, mas revidar até exterminar quem nos ameaça, é renunciar ao direito à vida. Quem exalta a vida, a liberdade, a paz e a justiça não pode poupar quem ousa destruí-las, custe o que custar.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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