História, guerras e base ideológica
Em 1918, o Exército Vermelho encurralava o Exército Branco na Ucrânia e na Crimeia.
Em 1920, cerca de 150.000 opositores ao regime comunista, incluindo soldados e civis, fugiram para Constantinopla pelo Mar Negro, a partir de Sevastopol, Yevpatoria, Kerch, Feodosia, Yalta.
Os que remanesceram na Ucrânia e na Crimeia se renderam mediante a promessa de anistia.
No entanto, sob a aprovação de Vladimir Lênin, dezenas de milhares foram sumariamente executados como parte do evento chamado Terror Vermelho, a ação planejada e executada pela Cheka, o serviço secreto dos bolcheviques. A partir da tentativa do assassinato de Lênin, ele perseguiu, prendeu e assassinou um número impreciso de dissidentes que pode ter chegado a mais de um milhão de pessoas.
Ucrânia e Crimeia passaram então a ser governadas por Moscou, passando a integrar a União Soviética, até voltarem a se tornar independentes, por pouco tempo.
Como acreditar que a paz segue um caminho evolutivo linear se a história se repete em pouco mais de cem anos, exatamente como ocorreu no passado remoto?
Troquem Lênin por Putin, troquem Cheka por KGB ou FSB, troquem o comunismo pelo fascismo, troquem a guerra convencional pela guerra digital com ataques por ar, por mar, por terra e pela Internet. Troquem a guerra limitada pela guerra nuclear. Muda a tecnologia, mas a base ideológica é a mesma: coletivismo, estatismo, altruísmo, barbárie.
Os russos estão fugindo de novo para Constantinopla, agora chamada Istambul. Quem quer ter um tirano genocida como governante?