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Ensino tupiniquim: retrocesso inexorável

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Parece haver um certo consenso de que uma educação, efetivamente de qualidade – não necessariamente em quantidade -, é uma condição necessária, embora não suficiente, para que haja um aumento da produtividade nacional, reverberando para as esferas econômica e social. Não é novidade, em especial, para os curiosos no tema educacional, que o Brasil tem ocupado as últimas e incômodas posições nos rankings de comparativos internacionais relacionados à educação.

O meu prognóstico é de que essa tenebrosa situação não tem nenhuma perspectiva de mudança – pelo menos, para melhor. As instituições nacionais foram tomadas pela ideologia coletivista, que, de forma embusteira, pleiteia o monopólio da “preocupação popular”. Discurso nobre, resultados devastadores.

Independentemente da visão institucional holística, não há qualquer fiapo de dúvidas de que as “elites educacionais” nacionais pertencem à casta coletivista, autodenominada “progressista”. A grande maioria dos professores doutrinadores nos ensinos médio e universitário é dotada de uma mente esquerdista, já que  foram doutrinados por marxistas de carteirinha.

O desequilíbrio é gritante. A ditadura do pensamento esquerdizante, único, é ostensiva e ilimitada. A ironia é a de que os mais jovens, guerreiros sociais, não percebem que são escravos da grande mãe Estado, e que, portanto, todos são vítimas da perda de liberdades. Surreal é a aceitação deste fato irrefutável. Tristemente, eles desconhecem como foi hercúlea a luta pela genuína liberdade.

Neste contexto educacional quixotesco, reinam frivolidades, pautas ideológicas, algumas risíveis, e encenações de melodramas anti-opressão e de “justiça social”. Factualmente, alunos são estimulados a se isolarem nas suas cavernas individualistas, ressentidas e radicalmente opostas à vida como ela é.

Quanto às prioridades relacionadas à formação de profissionais preparados em suas respectivas áreas do conhecimento, ou seja, matemática, ciências, português, história e outras disciplinas relacionadas aos desafios do novo mercado do trabalho, conforme comprovam os comparativos internacionais, a situação é, para ser econômico, sofrível.

Não há como não rir – para não chorar – da linguagem neutra e do tal de “todes”. Essa desgraça que ofende a linguística, a ciência e, fundamentalmente, a língua portuguesa, é uma das prioridades do ensino brasileiro. Ideologia disfarçada de ensino; tragédia anunciada.

De fato, penso que a ideologização do ensino tende a se agravar. A diversidade e a inclusão se engrandeceram de forma assustadora, valendo mais a fisionomia do indivíduo do que o caráter, as habilidades e as competências individuais. Os mais jovens tomam as frivolidades progressistas como um fato dado, não se opondo em razão do reconhecimento e dos privilégios nos grupos de pertencimento e/ou se omitindo a fim de não serem descriminados. Nesse ambiente, reinam livres, leves e soltas as políticas “anti-opressão e de identidade.

O legítimo conhecimento nas amplas e diversas áreas foi vergonhosamente cambiado pelo ativismo político “progressista”. A politização é tão imoral e descarada que a liderança progressista no ensino defende e estimula nos estudantes um comportamento antissemita, racista, apoiando o extermínio do Estado de Israel e, por consequência, do povo opressor, os judeus, em defesa do grupo terrorista Hamas. Escárnio. Evidente, defesa das minorias, “pero no mucho”. Porém, está correto: a principal crise verde e amarela é moral!

A deputada Luciana Genro, apologista do Hamas e dublê de economista soviete, afirmou que o capitalismo é o sistema que mais gera pobreza. Vejam, são essas retórica e narrativa progressistas que vão de encontro à ciência, ao conhecimento e à razão.

Qualquer sujeito honesto, com um mínimo de conhecimento, sabe que foram as liberdades individuais e econômicas que tiraram milhões e milhões de pessoas da linha da miséria e da pobreza. Fatos são fatos.

Pois inexistem adjetivos para qualificar a fala da deputada (que representantes, hein?) e sua autora. Questiono-me: será possível formar profissionais íntegros e competentes nas respectivas áreas do conhecimento sendo influenciados – ou melhor, manipulados – por essas inverdades econômicas e comprovadas asneiras? Seguramente, não.

O movimento no atual ensino tupiniquim só poderá acontecer para trás. O retrocesso, em termos de valores, científico e do conhecimento, é estarrecedor. Onde chegamos! A (des)educação é saudada por muitos sectários ideológicos. Triste. As habilidades cognitivas foram amplamente trocadas pelos vieses ideológicos – de confirmação às crenças absurdas. As capacidades socioemocionais, formadoras do caráter, foram substituídas pelas sensibilidades. A turma “progressista”, que agride ferozmente, sente-se ofendida por quaisquer tipos de suscetibilidades. A hipocrisia impera.

Não há ensino de qualidade, tampouco haverá qualquer possibilidade de aumento da produtividade nacional.
O ensino brasileiro, essencial para o desenvolvimento e crescimento econômico, transmutou-se no farol da decadência e do atraso.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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