Censura, coerção estatal e os donos do poder

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Em 1964, trocamos a chave do socialismo. Do comunismo que avançava com Jango, Brizola e seus comparsas, voltamos ao fascismo que já havia sido implementado por Vargas em 1930.

Em 1964, não foi instaurada uma ditadura. A ditadura acabou vindo em 1968, quando foi instituído o AI-5 que implantou no Brasil a censura.

Censura essa que, em 2022, voltou a ser estabelecida pelos herdeiros dos comunistas que foram alijados do poder em 1964.

Censura é atividade exclusiva dos governos. É o uso da coerção estatal para calar aqueles que fazem oposição quando ousam exercer seu direito à liberdade de expressão.

Censura é a linha divisória, a fronteira que separa uma sociedade livre de uma submetida à opressão.

1988 foi o ano em que a sociedade brasileira, através da Assembleia Constituinte, decidiu pela liberdade de expressão em detrimento da censura, exceção feita ao anonimato.

2022 foi o ano em que a liberdade de expressão foi suprimida do rol dos direitos garantidos pela nossa Constituição por um grupo de políticos, entre eles, muitos indicados para a mais alta corte do país, cuja função era exatamente impedir que isso acontecesse.

Aqueles que tinham o dever de proteger a Constituição, principalmente as cláusulas pétreas, onde a liberdade de expressão está encravada, fizeram o que foi feito em 1968: instauraram a censura e processos ilegais permanentes para calar quem ousar desafiar os donos do poder.

O Brasil muda para ficar igual ao que sempre foi: coletivista, estatista, místico, autoritário, miserável e socialista.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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