Antissemitismo no passado e no presente
Quão ignorante eu seria sem o IEE (Instituto de Estudos Empresariais) e os amigos que lá fiz e que me nutrem com infinito conhecimento.
Nenhuma amizade pode ser mais valiosa do que aquela que se constrói na busca da verdade e da sabedoria. Muitos foram os amigos que conquistei desta forma, entre os quais destaco Andre Loiferman, que me enviou esta pérola esquecida nos confins da ignorância, porque, afinal, a verdade e a sabedoria não são interesse de todos.
Mesmo os mais exaltados intelectuais têm seu lado infame e desmascará-los pode criar um indesejado efeito dominó que não para, derrubando teses falaciosas, desnudando narrativas falsas e tendenciosas, construídas por simples preconceito, no caso presente, por antissemitismo atávico.
O que serviu para o grande historiador Arnold Toynbee pode servir para o grande apedeuta Luís Inácio Lula da Silva, mostrar a realidade, os fatos, sem filtros cuja coloração impede de dar tratamento igual aos iguais, quando isso não lhes interessa. Toynbee fez, em 1961, a mesma acusação que fez Lula meio século depois: Israel agiu como os nazistas matando palestinos, lá em 1948/49 e agora em 2023/24. Herzog, um jovem diplomata e jurista judeu, filho de um rabino, disse, usando as obras de Toynbee, que todos os países, inclusive a Inglaterra e os Estados Unidos (serve para o Brasil), massacraram populações em guerras nas quais se engajaram em legítima defesa ou para conquistar território.
Por que a acusação de agir como os nazistas sempre se aplica apenas quando se trata do Estado de Israel lutando por sua existência? Lógico, antissemitismo. Ninguém quer a existência de um Estado nazista como foi a Alemanha. Qualifique Israel como tal, e estará justificada a sua extinção, tão desejada pelos antissionistas que nada mais são do que antissemitas genocidas.
Guerras são terríveis, massacres são inevitáveis, principalmente, quando quem provoca não se importa de usar sua própria população como escudo de defesa, apostando na moralidade do adversário, para depois expor crianças mortas como panfletos de propaganda. Israel mata, sim, mata porque, se não o fizer, será derrotado e extinto, deixando os judeus à mercê dos antissemitas que aparecem quando se chuta qualquer moita.