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A surrada cantilena sobre “justiça social

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Já sou quase um sexagenário. Os cabelos grisalhos começam a se amontoar em cima de sua cabeça, aí você vai percebendo que a quantidade de tempo que já se passou é até desimportante frente à sua atitude em relação à vida.

Sábado à noite continua sendo uma espécie de dia especial. Ontem, fui a um bar momentoso no Bomfim, repleto de jovens e de vida – boa. Claro, tomei um estupendo Felino da Cobos, conversei, escutei, aprendi, ri e me diverti o bastante.

Em dado momento, levantei-me da cadeira em que estava bem alojado e fui conversar com um grupo de jovens, entre 25 e 35 anos. Foi demais. Conversa vai conversa vem, um rapaz me disse que era cineasta. Naveguei dentro do seu barco por águas completamente desconhecidas por mim. Show.

Em nenhum momento, sequer se tangenciou o tema político, até que, ao final de seus ensinamentos, esse moço de rara inteligência começou a enunciar uma surrada cantilena sobre “justiça social” e, por óbvio, sobre desigualdades.

Ouvi-o atentamente. Evidente que ele foi “treinado” na universidade, que, embora devesse expor as várias visões de mundo, “ensinou-lhe” a tomar café, almoçar e jantar com a tal opressão, e dar as mãos, direita para as desigualdades, e esquerda para a justiça social.

Foi o momento derradeiro em que, de forma muito singela, expus um “bullet” da tradição liberal. Entrou pelos seus ouvidos e olhos… Não sei se o impactou, o que sei é que nos respeitamos mutuamente. Voltei a sentar e dar mais um gole no meu néctar dos deuses.

Juro que dormi pensando nesse negócio do “ensino” – ditatorial, no sentido de único – das desigualdades, de raça, de gênero, de justiça social, aquele da veia marxista que só olha no retrovisor e que é refratário a outras visões de mundo. O “bom”, inimigo do ótimo, seria mostrar e discutir as várias correntes doutrinárias e deixar que o estudante tire as suas próprias conclusões.

Não acho que isso esteja acontecendo. Só há uma alimentação com regurgitação das tais opressão, desigualdades e raça – e assim, hipocritamente, esses moços e moças vão aprendendo a transferir responsabilidades e culpas para os outros. Pari passu, TODO homem, branco e hétero, é privilegiado, machista, racista… fascista, também? É a “moderna” cultura da vitimização.

Penso que deveríamos bater na tecla de que todos os homens e as mulheres são iguais, e o que deve imperar é o respeito às diferenças e à dignidade humana; mas não é nisso que estamos nos concentrando. O foco está na interesseira divisão de grupos identitários e raças.

Hoje, mulheres não são mais vistas como bruxas, além de que muitas delas se saem melhor nas universidades e têm melhores empregos e salários que homens, brancos… Eu imagino que a absoluta doutrinação da opressão faça alguns dos jovens terem sentimentos e ideias não tão salutares e, portanto, suas vidas não são tão felizes.

Evidente que privilégios de várias ordens abundam, mas não é por meio da vitimização e da maior divisão social que iremos superá-los, definitivamente. Urgem mais e melhores qualidades morais, intelectuais e culturais.

Minha dica: além de um bom vinho, exposição aberta às várias correntes de pensamento, deixando que os próprios indivíduos pensem e decidam, respeito de e a todos, e, claro, jogando essa conversa ultrapassada e morfética de opressão na lata do lixo. Sábado à noite foi e é muito bom!

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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