A mão invisível do mercado funciona
A frase de Ayn Rand é seminal: “Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ter ignorado a realidade”. Mesmo diante de tragédias, como esta que assola o Rio Grande do Sul, o que se constata é a politização inescrupulosa do desastre e da perda de vidas humanas. Tal fato, por si só, é desumano.
O que se vê agora, de maneira escancarada, é a priorização desse atual desgoverno em negar os fatos de que é a sociedade civil organizada, via voluntariado, aquela que tem sido muito mais eficaz em apoiar e em resolver os problemas das pessoas. A burocracia e a lentidão do Estado centralizado, bem como a ação descoordenada com o governo do estado, são os reais motivos das dificuldades na provisão de auxílios e de donativos aos afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Qualquer sujeito sensato percebe a inabilidade do Estado centralizado de prover as respostas ótimas à atual catástrofe gaúcha. É surreal o que pseudojornalistas da rede do partido vermelho têm realizado.
Primeiro foi a fake news de Natuza Neri, pronunciada no canal, afirmando que eram mentirosas as afirmações sobre as dificuldades impostas pelo Estado no que se refere ao transporte de donativos para o Rio Grande do Sul. Eram coisas de influenciadores de “extrema-direita”. Agora, sua colega Flávia Oliveira escreve que “a mão invisível do mercado não soluciona calamidade pública”.
A realidade objetiva é refratária às narrativas de companheiras do partido da mídia. A realidade não poderia ser ignorada! Flávia Oliveira pontua, aos costumes, a relevância do Estado “salvador”. Diria eu, tudo para o Estado, nada fora do Estado.
Independentemente da escrachada narrativa ideológica, o que se comprova é a omissão e a incompetência estatal. A alegação de Flávia, evidente, coloca a culpa nos “capitalistas exploradores”, que, segundo ela, são os responsáveis pelo clichê “crise climática”. De acordo com ela, o problema mesmo é o “desmonte do código ambiental”.
No meu sentir, isso tem outro nome: incompetência estatal. Uma série de ações corretivas poderiam ter sido acionadas pelas “autoridades” estatais ao longo dos anos, até mesmo em razão da reincidência de fenômenos similares que ocorreram recentemente no estado. Notória escassez de priorização, de ações de prevenção, e sobra de interesses políticos e incompetência.
Tais “jornalistas” globais estão totalmente mergulhadas no mar vermelho petista. Nesse país da censura prévia, ainda posso opinar e creditar “a mão invisível do mercado” como sendo aquela que factualmente soluciona a calamidade pública.
É o desenvolvimento econômico a melhor forma de prevenção e de solução contra os desastres naturais. É ele que gera as inovações científicas e tecnológicas, capazes de mitigar e de solucionar os problemas dos de carne e ossos em relação aos eventos da mãe natureza.
Repito sistematicamente: o maior cancro social e econômico é o intervencionismo estatal, aliado à incompetência de burocratas estatais. Estes somente estão preocupados consigo mesmos e com seus companheiros de suas tribos ideológicas. É esse intervencionismo matador que impacta negativamente no crescimento econômico e que inibe os indivíduos e as empresas de operar e de mitigar eficazmente o impacto dos riscos naturais.
Quando opera a “mão invisível do mercado”, os agentes econômicos, por meio de relacionamentos colaborativos e voluntários, encontram as soluções fundamentais para os problemas humanos. Quando há liberdades econômicas e individuais, quando existe espaço para as forças de mercado agirem, surge uma série de opções inovadoras para se prever, prevenir e auxiliar a compensar os custos de catástrofes como essa que se vive no Rio Grande do Sul. Quando estão presentes as liberdades econômicas e individuais, o conhecimento e as ideias inovadoras florescem para criar e solucionar as necessidades dos cidadãos.
Todos aqueles que querem enxergam, estão vendo a realidade. São as pessoas e o “bom” empresariado que estão atuando intensamente e salvando vidas humanas. Esses têm a capacidade de rápida adaptação às mudanças nas circunstâncias impostas.
O Estado parasitário é burocrático, lento e ineficiente, tal como comprovado cabalmente nesta tragédia gaúcha. Agora se terá, mais uma vez, a oportunidade de se perceber a vontade, a habilidade e a competência governamental na destinação de recursos, a fim de reconstruir aquilo que foi arrasado pela fúria das águas.
Não, não são as narrativas e o sectarismo ideológico dessa trupe vermelha, que tentam encobrir o que todos enxergam a olhos nus, o que de fato está salvando vidas humanas.
A sociedade civil organizada, de forma espontânea e solidária, tem sido, felizmente, a grande protagonista nessa tragédia incomensurável.