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Edmund Burke e a Revolução na França

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No aniversário do clássico de Edmund Burke (1729-1797), “Reflexões sobre a Revolução na França” reproduzo o que a respeito ressalto em meu “Guia Bibliográfico da Nova Direita” (na página 47 da atual versão pela LVM):

“Um dos mais belos e comentados trechos da obra magna de Burke – antes uma carta de alerta aos britânicos que começavam a simpatizar com a Revolução Francesa do que uma mensagem aos franceses – é o momento em que ele se compadece da rainha da França e das afrontas à sua dignidade, por parte dos revoltosos. No entanto, talvez o mais representativo do pensamento burkeano sela aquele em que explica o ponto chave de sua visão acerca dos direitos naturais e princípios abstratos: “Governo não se faz em virtude de direitos naturais, que podem existir, e de fato existem, em total independência dele; e existem em muito maior clareza, e em muito maior grau de perfeição abstrata; mas sua perfeição abstrata é seu defeito prático.

Tendo direito a tudo, eles querem tudo. O governo é uma invenção da sabedoria humana para prover as necessidades humanas. Os homens têm direito a que essas necessidades sejam providas por essa sabedoria.

Entre essas necessidades, deve ser contada a falta, fora da sociedade civil, de uma contenção suficiente para suas paixões. A sociedade requer não apenas que as paixões dos indivíduos sejam sujeitadas, mas também que na sua massa e corpo, bem como nos indivíduos, as inclinações do homem sejam obstadas frequentemente, sua vontade controlada e suas paixões postas sob sujeição.

Isso só pode ser feito por uma força fora deles próprios; e não, no exercício de sua função, sujeita aquela vontade e aquelas paixões que é sua função refrear e dominar. Nesse sentido, as restrições aos homens, bem como a suas liberdades, devem figurar entre seus direitos. Mas, como as liberdades e as restrições variam com a época e as circunstâncias, e admitem infinitas modificações, elas não podem ser estabelecidas sobre nenhuma regra abstrata””

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Lucas Berlanza

Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista e presidente do Instituto Liberal, membro refundador da Sociedade Tocqueville, sócio honorário do Instituto Libercracia, fundador e ex-editor do site Boletim da Liberdade e autor, co-autor e/ou organizador de 10 livros.

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