A importância do pensamento de Roger Scruton
Há quatro anos, morria Roger Scruton; porém, deixava seu legado vivo, sendo considerado o maior filósofo conservador da contemporaneidade, e por isso faço questão de lembrar de suas ideias na política, na arte e no meio ambiente.
Como seguidor de Edmund Burke, Scruton conciliou a crença no sistema político liberal, porém, sem acreditar no domínio absoluto, como se este fosse um sistema perfeito, sabendo de suas limitações, com a defesa do estado de direito, da lei, da propriedade privada e de valores como família e pátria, além de críticas ao progressismo, ao socialismo e ao relativismo moral.
Scruton entendia as artes como símbolos de criatividade e expressão da identidade de um povo, sendo também uma fonte de prazer, educação e experiência transcendental. Acusava a arte moderna de se desprender desses valores e perder sua identidade, além de defender que a beleza se trata de uma experiência universal e objetiva.
Scruton argumentava que a pauta do meio ambiente deveria ser abraçada por conservadores, pois ela se refere a uma defesa do lar e da propriedade, sendo crítico do denuncismo alarmista, das invasões ideológicas da esquerda culpando o capitalismo e do ambientalismo radical, acusando-o de defender o empobrecimento social.
Scruton é definitivamente uma figura que faz falta para a direita mundial.