Os sonhos liberais de Paulo Guedes
O liberalismo do Bolsonaro resumiu-se na nomeação do Paulo Guedes. O estatismo do Bolsonaro resume-se em ser contra tudo que o Paulo Guedes sonhava.
O Paulo Guedes não passa de um contador de sonhos destruídos por quem o contratou para contá-los.
Os sonhos do Paulo Guedes são estórias bonitas para adultos com mentalidade infantil a ponto de acreditar que um estatista inveterado fosse libertar o Brasil.
Se Bolsonaro tinha a real intenção de deixar o Paulo Guedes trabalhar, o que eu sempre duvidei desde o início do seu mandato, serviu de ponto de inflexão que fez com que ele passasse a boicotar o próprio governo, e não foi o parlamento nem o STF.
A dissonância entre as falas e a ação começa a ser superada com a mudança de discurso e não dos atos, que sempre confirmaram a minha impressão de que é fácil falar que se vai ser liberal, mas difícil agir como tal.
Antecipando comentários previsíveis, ninguém elegeu o Bolsonaro para ter um governo parecido com aquele que se queria evitar, como seria o do Haddad, parecido com o do Lula ou até mesmo da Dilma “Ernesto Geisel” Rousseff.