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Os problemas da busca pela igualdade (segunda parte)

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Se quisermos entender as principais críticas à economia de livre mercado, devemos tratar também das questões históricas: os questionamentos que exemplifiquei na primeira parte dependem de uma comprovação histórica dos pretensos males do livre mercado.

Como é claro, ter uma economia livre não significa que essa mesma liberdade não ocasionará mazelas, que não ocorrerá moldagens na sociedade que poderão causar efeitos negativos na mesma. Qualquer um que veja em uma sociedade de economia livre algo como a Jerusalém Celeste, simplesmente não entendeu do que os postulados liberais econômicos falam.

Porém, não estamos falando de erros e defeitos naturais existentes em qualquer sistema humano, mas sim da justificação do porquê a defesa e a vontade de ter uma economia livre em um país ser, ou não, algo ruim por si só. A base máxima das críticas negativas para o livre comércio já foi atacada e derrubada, porém algo bem mais factual (ligados aos fatos, não a natureza do ser, como no último texto) pode ser trabalhado.

Se as críticas para com a livre iniciativa e o livre mercado fossem reais, nada mais normal do que a tirania e a pobreza terem, desde o século XIX, tomado conta das sociedades. Deveríamos ter menos bens materiais, nossa saúde deveria ser escassa, o tempo de vida do Homem atual deveria ser bem inferior.

O próprio consumo seria abalado. Como trabalhadores e consumidores, estaríamos à mercê de conglomerados que ao mesmo tempo nos empregam e nos vendem materiais essenciais para nossas vidas. A variedade de empresas e produtos deveria ser baixa, uma casta de ricos com mão de ferro iria, inevitavelmente, mandar e desmandar em classes mais baixas… Mas tudo isso é pura ficção.

Não vivemos em uma distopia capitalista. Nós, ao contrário de nossos antepassados, vivemos com muito mais luxo e conforto do que qualquer outro período da humanidade. Pensemos simplesmente na década de noventa do século XX – não será preciso voltar ao século XVIII, ou mesmo ao XIX –. Quanto uma pessoa teria que pagar para ter uma filmadora, uma máquina fotográfica, um aparelho de som, um rádio, um gravador, um computador? Ter tudo isso era impossível para as pessoas menos abastadas, porém hoje isso tudo (e muito mais) pode existir bem a sua frente, em um celular, que é de fácil acesso.

A pobreza, claro, ainda existe, mas o pobre de hoje é bem mais abastado do que o de ontem. A tecnologia mudou e só mudou na velocidade e no avanço que mudou porque existiu concorrência no mercado, mas o próprio mercado só pode crescer para concorrer dessa forma quando ele não está amarrado em burocracias e em leis exageradas que o impedem de se expandir. Novas empresas sempre surgem com novas ideias, sendo as mandatárias nas gerações futuras e, também, as que caem no futuro.

Se o livre mercado fosse tão ruim, onde está essa oligarquia maldita de capitalistas sugando cada gota de suor e sangue do trabalhador? É certo que existem oligopólios e monopólios atualmente, muitas vezes vindos de acordos ilegais de empresas, contudo isso não é mandatório na realidade – pobreza e falta de recursos, fome, baixa qualidade de vida… tudo isso está sumindo cada vez mais, e só está porque existem mercados que podem ser atendidos, uma demanda que pode ser suprida… e tudo isso dá dinheiro. Entretenimento, saúde, educação, alimentação… tudo isso enriquece muitos que apostaram e correram o risco no mercado.

É certo que esses “muitos”, quando comparados com a maioria da população, se mostram poucos, mas qual é o problema? Observem a variedade e a quantidade de novos empregos que, sem a atuação das empresas, sequer existiriam. Com efeito, uma quantidade diminuta de gente ganha rios de dinheiro, mas ao mesmo tempo uma quantidade colossal de pessoas enriquece mais a cada ano. A pobreza e a fome do mundo não estão em alta, mas em baixa!

A crítica sedutora ao livre mercado nada mais é do que uma ratoeira. Qualquer um que preste mais atenção e não se deixe levar pelo apelo sentimental, que vem com ela, consegue perceber o mecanismo que segura o queijo da armadilha.

Infelizmente, porém, o mundo é cheio de ratos. Ayn Rand, uma filósofa russa auto exilada da URSS, os chamava de parasitas, não sem razão. Tapar os olhos para o verdadeiro progresso socioeconômico que o livre mercado trouxe é digno de quem vive dos louros desse mesmo sistema que critica. É como um ser que suga o sangue e quer ver a morte de seu hospedeiro.

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Hiago Rebello

Hiago Rebello

Graduado e Mestrando em História pela Universidade Federal Fluminense.

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