Os Correios estão perto do fim?

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NCPA *

O Serviço Postal dos Estados Unidos está à beira do colapso financeiro. O iminente colapso financeiro de um dos maiores empregadores no mundo não é notícia, mas é uma tendência que vem se consolidando ao longo do tempo.

Já em 1992, o Government Accounting Office [equivalente à Controladoria Geral da União, no Brasil] mostrava preocupação quanto à capacidade dos Correios americanos de continuarem a competir com as diversas formas de comunicação eletrônica para as quais os consumidores estavam migrando cada vez mais. Quase 20 anos depois, a perda de tráfego de correio tem revelado resultados surpreendentes para o setor, como observa James Gattuso, pesquisador sênior da Heritage Foundation.

  • De 2006 a 2010, o volume global de correspondência dos Correios dos EUA caiu cerca de 20 por cento, de 213 bilhões de peças de correspondência para 170 bilhões, incorrendo em prejuízo de US$20 bilhões.
  • Só em 2011, a expectativa de prejuízo é de mais US$10 bilhões.
  • Um estudo do Grupo de Consultoria de Boston, realizado em 2010, indica que o volume de correspondência vai cair 15 por cento próximo a 2020, causando prejuízos anuais de US$15 bilhões.

O Congresso americano vai ser forçado a agir se quiser salvar os Correios, mas as reformas do sistema postal raramente correram bem nos EUA. A fim de alavancar o processo, os próprios Correios propuseram diversas mudanças necessárias para se reestruturarem e se tornarem financeiramente viáveis outra vez.

  • A primeira delas é reduzir seu efetivo em 220 mil funcionários para chegar aos 425 mil – uma mudança que no momento está proibida pelos contratos assinados entre os Correios e seus sindicatos de trabalhadores.
  • A segunda é a redução do número de agências de 32 mil para 20 mil e os centros de triagem de 500 para 200, por volta de 2015, como conseqüência dos avanços tecnológicos que vêm tornando desnecessária sua manutenção.
  • A terceira proposta é: eles querem acabar com o serviço postal aos sábados, o que poderá resultar numa economia de US$2 bilhões a US$3 bilhões por ano.

É claro que o status quo vai ser mortal para os Correios caso a reforma não aconteça.

 

Fonte: James Gattuso, “You’ve Got (No) Mail: Is the End Near for the Postal Service?” Heritage Foundation, September 29, 2011.

*National Center for Policy Analysis

 

TRADUÇÃO: LIGIA FILGUEIRAS

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