ObamaCare: os problemas estão só começando
MICHAEL J. BOSKIN / NCPA *
O ObamaCare só vai piorar, diz Michael Boskin, membro sênior da Hoover Institution.
- Com a entrada de 2014, o aumento dos custos do ObamaCare vai se tornar ainda mais evidente à medida que as pessoas começarem a pagar maiores franquias e co-pagamentos [valores fixos por serviço prestado, como parte do custo total do atendimento médico, N.T].
- As pessoas já começaram a ver o aumento dos prêmios de até mais de 30 por cento, mas se muito poucas pessoas saudáveis se inscreverem no seguro, os prêmios vão ter que aumentar ainda mais para subsidiar os doentes.
- O mercado de seguros vai começar a desmoronar.
Além de tudo, as pessoas vão começar a ver que não podem manter seus médicos ou ver o médico que querem.
- Para manter os preços baixos, as seguradoras estão oferecendo planos de saúde muito restritivos que dão aos pacientes o acesso apenas a determinados médicos e hospitais.
- Muitas vezes, esses planos não incluem os melhores hospitais da região.
- Se uma pessoa quiser ver alguém fora de sua rede, vai ter que pagar mais.
Além disso, as pessoas fora do mercado individual (os que abrangem planos de empresas, planos sindicais, ou Medicare e Medicaid) também vão começar a sentir os efeitos do ObamaCare, e o tempo que se leva para ver um médico vai aumentar. Cada vez mais trabalhadores vão ver seu trabalho reduzido a tempo parcial, e as pequenas empresas vão hesitar em contratar mais de 50 funcionários em tempo integral.
De um ponto de vista mais amplo, cada vez menos jovens vão procurar carreiras na medicina. Os médicos na ativa, ao invés de aceitarem uma renda mais baixa, vão se aposentar cedo ou restringir sua prática. E com o aumento dos impostos, o ritmo da inovação em medicamentos e no desenvolvimento de recursos médicos vai diminuir.
*NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS resumiu o artigo**
** Texto na íntegra: Michael J. Boskin, "ObamaCare's Troubles Are Only Beginning," Wall Street Journal, December 15, 2013.
Tradução/adaptação LIGIA FILGUEIRAS, Editora do IL
Imagem: Wikipedia
Entendi que o programa do Obama será cobrar dos cidadãos USD 100 por pessoa para acesso a uma saúde de qualidade. Isso no Brasil é o custo de um plano de saúde de 3ª linha. Aonde está o erro? No Brasil que se gasta errado em função do custo Brasil, ou neste preço dos EUA (USD 100 por contribuinte) há complemento do Estado, e se tiver é de quanto?