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O triste legado assumido por Sartori

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sartoripor MÁRCIO ANDRADE*

 O Socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros. (Margaret Thatcher)

“Criminoso matou, e depois foi chorar no enterro da própria vítima”. Este é um brocardo popular antigo, mas bastante moderno para definir alguns padrões comportamentais diante do quadro das contas públicas no Rio Grande do Sul.
Lembro quando a ex-Governadora Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010) disse que ‘a pior coisa que pode acontecer ao Rio Grande é o déficit’, orgulhando-se por ter equilibrado as contas públicas, e ter entregue ao sucessor Tarso Genro (PT) uma situação contábil muito mais tranquila do que encontrou, conhecida nos jargões de economia como ‘déficit zero’.
Tarso, ao assumir seu mandato em 2011, desdenhou por completo a fala da ex-governadora, afirmando que déficit zero era uma ‘falácia neoliberal’, criando, assim, 500 novos cargos em comissão para demonstrar a solidez do seu discurso e conseguindo com o secretário Nacional do Tesouro na época, Arno Augustin (PT), a chamada ‘flexibilização das metas fiscais’, episódio que autorizou o então Governador a aumentar o endividamento do nosso Estado. Não precisamos ter qualquer talento profético para supor o que aconteceria a partir desSe fato; a dívida pública, no período de 2011 a 2014, cresceu 9,8 Bilhões, somada à impossibilidade de o governo estadual contrair novos empréstimos.
E não foi “apenas” isso. Tivemos outros gastos irrefletidos ao longo dos últimos quatro anos: concursos públicos sem qualquer previsão orçamentária; saques de 5,5 bilhões nos depósitos judiciais; aumentos salariais populistas para os segmentos mais obedientes do funcionalismo público; etc. Tudo isso apoiado por setores classistas (CUT, CPERS, SINDSEPE, e outros sindicatos) que, em posição genuflexória, batiam palmas para a irresponsabilidade e descontrole com dinheiro público.
As mesmas entidades que, agora, culpam o atual Governador José Ivo Sartori por ter anunciado um parcelamento salarial para o funcionalismo do estado.
Impossível não perceber nesta postura um misto entre covardia moral e desídia intelectual.
Primeiro, devido ao julgamento que tenta desviar a própria responsabilidade para outrem; todos que ajudaram a destruir economicamente o RS, neste momento, apontam o dedo melecado para Sartori, fugindo às suas responsabilidades sem o mínimo embaraço. A avaliação condenatória é tão frágil, que sequer considera o fato de o Governador ter SEIS MESES de mandato.
Ainda, nota-se uma espécie de preguiça em transcender o raciocínio – nutrida pelas mais grosseiras aparências (tipo parcelamento do salário) – restando por deixar o sujeito domiciliado nos pântanos das imagens rasas e da ideologia cegueta. Criam-se ‘homens-sapiens’ e ‘mulheres-sapiens’ incapazes de refletir sobre a ESSÊNCIA do problema: como estava a situação das contas em tal período? Houve aumento do gasto público? Quais as fontes de receita? Quando piorou? Por quê? Qual foi minha conduta neste episódio? Inércia? Assentimento? Militância dirigida?
Questões incômodas, pois é bem mais conveniente “errar e fugir”, deixando toda responsabilidade para o desavisado que vem logo atrás, a enfrentar nossa persona imatura. Bem mais oportuno criar rótulos para os outros, e se fingir de múmia paralítica.
Deste jeito, assassina-se o Estado. Depois, quando percebemos o reflexo do populismo sedutor e da imprudência nossa de cada dia, choramos no velório… É muito mais fácil.

*Márcio Andrade é professor estadual. 

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2 comentários em “O triste legado assumido por Sartori

  • Avatar
    18/08/2015 em 10:44 pm
    Permalink

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  • Avatar
    05/08/2015 em 1:27 pm
    Permalink

    O maior problema – e falo porque vivo essa política na pele – não é a escassez de recursos em si. O problema é a falta de postura de liderança do sr. Sartori. Ora, a Yeda teve a “hombridade” de dar a cara a tapa, de vir à mídia e anunciar, não só o parcelamento, mas também as soluções que estavam sendo tomadas para reverter esse quadro.

    Ele quer privatizar Corsan, CEEE e Banrisul? OK, então anuncie suas intenções e como pretende dar cabo delas; mas ele não diz o que está sendo feito, nem quais são os planos para superar a crise.

    Este fato agrava-se porque o Governador esconde-se atrás de seus secretários. E seus secretários seguidamente tem jogado parte da culpa sobre os ombros dos servidores; um sem número de vezes seus secretários anunciaram que não pagariam fornecedores, hospitais, etc, para poder pagar o salário. Resultado: fornecedores jogando a culpa da inadipl~encia do Estado nos ombros dos servidores.

    Sabemos que Sartori não é o “culpado” pela crise, mas ele tem contribuído enormemente para o clima de desconforto da população e dos servidores. Essa é a grande bronca do povo gaúcho. No mais, ele elegeu-se Governador, que trabalhe para resolver o problema que desde 1º de janeiro, é sim, um problema seu.

Fechado para comentários.

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