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O preço do álcool em gel está subindo e não há nada de errado com esse evento

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Como no Brasil é necessário expor a boa teoria da ciência econômica e, depois, desenhá-la e, ainda, explicar o desenho, tentarei seguir essas regra nas linhas abaixo.

O preço do álcool em gel tem que subir diante de uma demanda excessiva. Não há outro caminho, embora os defensores do Estado digam que o aumento dos preços é abusivo (na mente das crianças mimadas, o empresário maldito quer ter lucros cada vez maiores em detrimento da saúde dos mais pobres). A produção de qualquer (qualquer) produto, seja qual for, exige o emprego de recursos escassos. Matéria-prima, mão de obra, maquinários, etc. Quando há uma procura inesperada e excessiva por determinado tipo de produto e não há, em contrapartida, possibilidade de elevar a produção deste produto em curto espaço de tempo, os preços dos fatores de produção, escassos, são majorados (afinal de contas, amiguinho, não é possível destinar, por exemplo, todo o plástico do mundo para a produção de álcool em gel durante a crise do Coronavírus e, a um só tempo, destinar esta mesma matéria-prima à produção de outros itens demandados pela população). O preço é um indicador que regula todas as atividades econômicas. Se está muito elevado, é sinal de que há muita procura e pouca oferta. Nesse caso, os recursos produtivos necessários à produção do álcool em gel que, até então, estavam sendo empregados na produção de outros bens menos urgentes, serão realocados para atender à demanda mais urgente. A alocação de recursos fará com que haja mais oferta e os preços, como que num passe de mágica, sem a mão pesada do governo para ajustá-lo, caia.

É o mercado, portanto, e não o governo, que irá oferecer as respostas que as classes mais pobres desejam.

Se o clamor pela intervenção do estado, fruto da completa ignorância a respeito das leis básicas da economia, for insistente, empresários, considerados imorais e gananciosos, podem receber ordens de prisão caso ousem aumentar os preços de produtos que oferecem e, como consequência inescapável, a produção será desestimulada, o que irá tornar o quadro ainda mais calamitoso (exatamente o que queriam evitar os que condenavam a suposta ganância do empreendedor). Não havendo um mercado formal e legal que permita transacionar produtos aos preços estipulados pela lei da oferta e da procura, surgirá um mercado negro, completamente às margens do PROCON ou das leis, que estará disposto a lucrar em cima dessa bagunça promovida pelo estado e por seus defensores. Agora sim, ricos, apenas os ricos, poderão ter acesso a esses produtos escassos que estarão absurdamente caros.

Se os preços do álcool em gel, durante a crise da pandemia originada na China, não subirem, cara pálida, você provavelmente irá consumir o produto sem nenhuma parcimônia. Lembra-se da greve do caminhoneiros? A mesma história. Se os preços dos combustíveis não tivessem sido elevados e você pudesse correr ao posto de abastecimento antes de seu vizinho, você poderia se dar ao luxo de levar a família para passear no shopping, ao passo que aquele seu vizinho, com um filho doente em casa, não teria a mínima condição de levá-lo a um hospital. Por isso, cara pálida, não tente revogar a lei da oferta e da procura. O PROCON não é seu amigo.

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Juliano Oliveira

Juliano Oliveira

É administrador de empresas, professor e palestrante. Especialista e mestre em engenharia de produção, é estudioso das teorias sobre liberalismo econômico.

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