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O populista nada mais é do que aporofóbico

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O populismo é uma arma de poderosa técnica, vendida e utilizada por aqueles que dizem “representar” os mais pobres, os menos favorecidos, mas que, na realidade, acaba invariavelmente por prejudicar e dificultar a vida daqueles que, inicialmente, deveriam ser os verdadeiros beneficiários.

Recentemente houve um caso envolvendo a realização do “maior churrasco do mundo” em comemoração ao 34ª aniversário da cidade de Parauapebas, no Pará. Apesar de o prefeito do município, Darci Lermen (MDB), afirmar que os gastos foram feitos por uma rede de supermercados da cidade, o Atacadão Macre, o Ministério Público investiga a realização da festa, que teria custado R$ 338 mil.

Se essa suspeita for comprovada e o uso de dinheiro público para custear tal evento for descoberto, será como estapear a cara da população local que vem sofrendo há anos com problemas sociais, como mortalidade infantil, falta de esgotamento sanitário e baixos índices de educação. Além disso, será mais um caso de populismo, entre tantos outros, a ocorrer, infelizmente, em nosso país.

A quantidade de políticos propondo coisas insustentáveis ou completamente desconectadas da realidade Brasil afora é algo de preocupar qualquer um que tenha no mínimo dois neurônios. São coisas de cunho popular ou social (às vezes nem isso) que despertam, na maioria dos casos, infelizmente, o faro dos populistas para ignorar a realidade e defender algo sem medir as suas respectivas consequências.

Na América Latina, o que há de governos populistas fazendo estragos por cima de estragos na vida das pessoas (que são usadas como justificativa para fazer tais práticas) é algo capaz de causar um aperto no coração da pessoa mais egoísta do mundo, só para se ter uma ideia. Não é à toa que a América Latina é uma região de muita instabilidade política e econômica.

Além disso, também não veremos nenhum adepto dessa postura perversa (o populismo) admitir ou mesmo se desculpar por defender uma coisa que já se mostrou ser genuinamente aporofóbica, que nada mais é que ter repúdio, aversão ou desprezo pelos pobres. Lembrem-se: os mais pobres são os que mais são prejudicados por medidas populistas.

Não consigo expressar em palavras o quanto fico triste e deprimido em ver como o povo brasileiro não consegue perceber, enxergar, que aqueles que se colocam como “solucionadores de problemas” são os que, de fato, ajudam os mesmos problemas a se perpetuarem, a permanecerem da forma em que se encontram hoje. Nada será realmente resolvido!

Ao direcionarmos nossos olhares para os países mais desenvolvidos do mundo, como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Singapura, etc., vemos que nenhum deles se desenvolveu social e economicamente elegendo líderes carismáticos ou salvadores da pátria, característica essa (não eleger populistas) que não ocorre aqui no Brasil e que estamos bastante acostumados a ver nos demais países latino-americanos.

Venezuela, Argentina, Brasil e Cuba são os maiores exemplos do mal que o populismo pode causar à prosperidade e ao futuro de uma nação; aliás, nesse caso em específico, “nações”. Esses países não se desenvolvem não por falta de oportunidades, mas por simplesmente desperdiçá-las. A receita do fracasso, nesses territórios, é pujante.

Dessa forma, não podemos nos deixar intimidar por uma realidade que pode muito bem ser mudada. Este ano, assim como em vários outros anos de eleições, os populistas vão usar as mesmas narrativas de sempre para angariar votos, enganar a população e se perpetuarem no poder, o que é a maior e principal ambição por parte deles.

Tudo o que eles propõem, assim como todas as escolhas que fazemos na vida, possui consequências e efeitos colaterais. Alguns dirão: “mas o que você realmente está querendo dizer com isso, Rafael?”. E eu lhes responderei com uma única palavra: simples. Será que algo que desejamos tanto fazer, mas cujas consequências negativas se sobressaem às positivas, é uma boa escolha? Creio que não. O ideal seria que ocorresse o completo oposto: que as consequências positivas se sobressaíssem, e muito, às negativas. “Ah, mas as boas intenções não contam?”. Todas as escolhas que formos fazer, principalmente quando se trata de políticas públicas, devem ser pautadas por evidências e resultados e não por “boas intenções”. Na verdade, de boas intenções o inferno está cheio.

*Rafael Sousa é estudante e ferrenho defensor das ideias da liberdade.

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