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O Manifesto da Esperança

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Guilherme Dalla Costa*

Se um dia me fosse dada a função de resumir a situação política brasileira em apenas uma frase, seria uma injustiça de minha parte não resumi-la em “toda unanimidade é burra”, o memorável aforismo do grande Nelson Rodrigues.

A hegemonia ideológica que assola nosso país, e principalmente nossas universidades, não é nada além de uma herança maldita, fruto da dominação do dito pensamento “progressista” (esquerdista), aquela famosa religião secular que acredita ter a “fórmula mágica para um mundo melhor”. Em um cenário como esse, dominado por pessoas que creem ter o monopólio da razão e da bondade, virtudes como a lucidez e o respeito aos indivíduos parecem se perder, fazendo supor que a “hegemonia ideológica” será eterna. O resultado? Outra frase de Nelson Rodrigues: “É-se marxista sem estudar, sem pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando”. Doce ironia!

É nessa situação caótica, em que a realidade progressista se torna tão absurda e ilógica que não corresponde à realidade alguma, que alguém – e quem poderá nos salvar? – precisa tomar vergonha na cara e reafirmar o óbviopara salvar um mundo quevirou incompreensível.

Nesse contexto surge o tão polêmico Clube Farroupilha, um grupo que possui uma simples, importante e essencial função: reviver a lucidez nesse universo dominado por clichês ignorantes e ideologizados (como, por exemplo, o famoso “o capital mata crianças de fome na África”). Com tal propósito, o clube, a cada esforço que faz para defender seus princípios e valores, acaba por promover as palavras do escritor americano Russell Kirk, transformando-as em ações e, consequentemente, em uma feliz realidade:

“O objetivo primário de uma educação liberal, então, é o cultivo do intelecto e da imaginação do próprio indivíduo, para o bem do próprio indivíduo. Não deve ser esquecido, nesta era massificada em que o Estado aspira a ser tudo em tudo, que a educação genuína é algo além de mero instrumento de política pública. A verdadeira educação deve desenvolver o indivíduo humano, a pessoa, antes de servir ao Estado.”

Enquanto Russell Kirk, no livro A Política da Prudência, afirma que a reação às ideias progressistas nos Estados Unidos teve como base três grupos distintos e complexos: os anticomunistas (ex-militantes socialistas), os libertários e os conservadores culturais ou tradicionalistas;o Clube Farroupilha, para começar um tipo de reação, precisou apenas de jovens talentosos que defendem aquilo que é inerente à espécie humana: a vida, a propriedade e a liberdade.

A importância de tal clube, que vai além de reafirmar os princípios da Democracia Liberal – o único sistema que garante de fato a legitimidade da minoria (oposição) –, está em duvidar do tipo de ideologia que crê poder mudar as leis, as instituições, o homem e a natureza humana com uma doutrina fanática, conhecida como “ideologia do progresso” – a ideia de que o mundo pode ser convertido em um paraíso através do planejamento abstrato.

Ao contrário das marchas, das depredações e dos movimentos vândalos da esquerda, que demonstram que pra essa gente todo meio é permitido para atingir determinados fins, as práticas do Clube Farroupilha, a cada evento, ação e expressão, tornaram-se nobres a partir do momento em que, inconscientemente, reproduzem as sábias palavras do poeta inglês John Taylor: “penas são armas das mais perigosas, sem dúvida, mais afiadas/ Do que espadas, e de fio mais pungente que chicote ou varadas.” É este o “mundo dos clichês ideológicos”, onde um ainda pequeno clube, o Farroupilha, incomoda muita gente por ser uma gigante fonte de lucidez e esperança. Nasce, assim, uma resistência! Avante!

*Acadêmico de Economia na UNIFRA e escreve para o site do Clube Farroupilha.

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