O lucro é importante até para quem fala mal dele
‘O lucro fornece informações extremamente importantes para a sociedade. Ele nos diz onde devemos investir nossos recursos para gerar mais riqueza para a sociedade.’
Já escutei, como você também já deve ter escutado, comentários sobre a ganância das empresas. A motivação do lucro, dizem, é um mal e faz com que as pessoas mais simples sejam enganadas. Estudos de referência revelam que as pessoas percebem que o lucro é associado negativamente ao valor social de determinadas empresas e até de setores inteiros (exemplo – o “mau” que representa o setor petrolífero). Não é surpresa, dado o modo como são retratadas as empresas na cultura popular, como em filmes do tipo “Uma Aventura LEGO” ou “O Lobo de Wall Street“.
Minha primeira experiência com o lucro se deu quando comecei a trabalhar recém-saído da faculdade. Minha empresa pagava um bônus aos trabalhadores se conseguíssemos obter lucro. De repente, o lucro passou a ser maravilhoso! Desde então, aprendi que o lucro tem um papel incrivelmente importante no mundo e que o lucro da empresa não é um mal.
O lucro é simplesmente uma motivação e um incentivo. Todos nós precisamos de incentivos para garantirmos o melhor desempenho. Uma empresa que não gerencia seus custos, que não produz com eficiência, ou que produz uma coisa que ninguém quer comprar é punida por seu “mau” comportamento não obtendo lucro. Por outro lado, uma empresa que é capaz de descobrir o que as pessoas realmente querem e de fazer isso com eficiência, é recompensada obtendo um alto lucro. Se uma organização sem fins lucrativos é ineficiente, se tem por hábito o desperdício e oferece um serviço ruim, o que acontece? Quase sempre nada, porque falta nela o incentivo e a motivação para a eficiência. Vemos isso constantemente em queixas contra o desperdício e a ineficiência dos programas de governo.
O lucro fornece informações extremamente importantes para a sociedade. Ele nos diz onde devemos investir nossos recursos para gerar mais riqueza para a sociedade. Se as empresas petrolíferas obtêm enormes lucros, então faz sentido investir em mais poços e descobrir fontes alternativas de energia. Se as empresas petrolíferas estão perdendo dinheiro, vemos que não há por que perfurar mais poços. Sem a motivação do lucro, quem tomaria essas decisões pela sociedade? Devemos confiar em algum czar econômico indicado pelo governo para decidir o que precisamos ou, ao invés disso, preferimos votar com nosso dinheiro? Se o que uma organização está fazendo oferece alguma contribuição, ela lucrará e crescerá, de modo que possa fazer mais do mesmo. Se o que uma organização está fazendo não está oferecendo um produto ou serviço valioso, então ela não terá lucro e encolherá.
A visão de que o lucro é imoral está baseada na ideia de que quando uma companhia vende a você alguma coisa, eles estão lhe enganando fazendo você pagar mais do que deve pelo produto. Mas isso não é verdade! Se a troca ocorre com liberdade para ambos os lados, então os dois lados saem lucrando ao mesmo tempo. É por darmos valor às coisas de modo diferente que participamos de uma negociação. Eles vendem e você compra no preço combinado, já que você quer o artigo mais do que o dinheiro gasto com ele e eles dão mais valor ao dinheiro que vão receber do que o artigo que estão vendendo. Os lucros não representam uma riqueza tirada dos outros, mas significam valor agregado do qual tanto o comprador quanto o vendedor usufruem.
Adam Smith já observava, em 1776, que é uma vantagem podermos contar com a motivação do lucro para promover o interesse público porque a alternativa, a benevolência, quase sempre é escassa.
As drogas que salvam vidas, o automóvel, a Disneylândia, seu iPhone, tudo isso foi proporcionado a você, para seu deleite, como resultado da motivação das empresas: de fazer o que fazem para obter lucro. Graças a Deus existe o lucro.
Artigo publicado originalmente no blog Explore Freedom, da FFF*.
* Think tank liberal clássico com base em Fairfax, VA, EUA.
tradução / adaptação: Ligia Filgueiras
imagem: Wikipédia
O grande erro é analisar a economia com base no dinheiro, como se tal fosse o valor nele pintado. O dinheiro em si NÃO VALE NADA ou vale tanto quanto seu peso em papel como sucata.
Esta absolutamente errada essa colocação:
” já que você quer o artigo mais do que o dinheiro gasto com ele e eles dão mais valor ao dinheiro que vão receber do que o artigo que estão vendendo”
Esqueça-se o dinehiro. Ninguém quer o dinheiro em si, mas apenas aquilo que o dinheiro representa como bens e serviços que por ele pode ser resgatado.
Imagine-se que o o milho se tornasse o bem fracionável para ser o MEIO DE TROCAS ENTRE BENS E SERVIÇOS. Ninguém iria consumir todo o milho que acumulasse. Apenas manteria milho estocado a fim de trocar este por bens e serviços.
Ou seja, imagine-se que produtores de bens trocassem seus produtos por MILHO. Assim, seus produtos ficariam expostos para serem adquiridos em troca, TAMBÉM, por milho. Aquele que adquiriu, por milho, o produto de um produtor, ao expo-lo à venda, receberia um montante de milho para assim recuperar o que foi cedido ao produtor de quem adquiriu o produto; de preferência com LUCRO. Este lucro é a remuneração por seu trabalho de intermediar entre o produtor e o consumidor. Se não puder obter lucro, significa que seu trabalho de intermediação teve valor negativo. Lógico! foi um trabalho mal feito. Não teve valor porque avaliou mal sua aquisição. Ou seja, seu trabalho intelectual foi tão negativo que anulou mesmo seu trabalho físico envolvido.
Na verdade o dinheiro não tem valor e ninguém deseja o dinheiro, mas apenas aquilo pelo qual teóricamente foi trocado. Ou seja, o montante de dinheiro significa bens e serviços “hipotecados” e o dinheiro apenas a “caução” que permite seu portador RESGATAR bens e serviços disponíveis no preço especificado no dinheiro.
Ou seja: O dinheiro é apenas um meio de fracionar bens e serviços para facilitar a troca entre estes.
Quem produz uma casa não precisa encontrar alguém que possua todos os produtos que o proprietário da casa deseja num montante que ele aceite trocar a casa por tal montante. Através do dinheiro o construtor consegue trocar pequenas partes da casa que produziu com inúmeros parceiros. Como todos assim fazem, alguém acumulará as “várias partes da casa” e assim poderá, juntasndo-as, adquirir a casa então “remontada”.
Exatamente por isso os governos precisam cobrar impostos MESMO QUE POSSAM FABRICAR TANTO DINHEIRO QUANTO QUEIRAM.
O montante de dinheiro trocado por bens e serviços é correspondente ao montante dos bens e serviços disponíveis para serem adquiridos. Assim, se os fornecedores de bens e serviços ficassem com o total de dinheiro obtido na troca por seus bens e serviços, a soma de todos os produtores corresponderia a soma de todos os bens e serviços disponiveis. Ou seja, o governo ao COBRAR IMPOSTOS DIMINUI A CAPACIDADE DE OS PRODUTORES ADQUIRIREM UM MONTANTE DE BENS E SERVIÇOS CORRESPONDENTE AO MONTANTE DOS BENS E SERVIÇOS QUE PRODUZIRAM.
Claro que o governo também é um produtor de bens e serviços, a DIFERENÇA é que o governo IMPÕE o PREÇO de seus bens e serviços e IMPÕE a TROCA.
Assim, mesmo que o valor dos bens e serviços produzidos pelos governos seja inferior ao que os demais produtores desejam pagar por eles ou mesmo que NÃO OS DESEJEM ADQUIRIR POR INÚTEIS OU DE CUSTO SUPERIOR AO BENEFICIO, ainda assim são FORÇADOS a pagar por eles. ESSA É A CAUSA DA POBREZA!!!!
Um produtor de bens e serviços, POR MAIS INÚTEIS QUE SEJAM, ainda assim são OBRIGATÓRIAMENTE adquiridos e trocados por bens e serviços úteis que não mais estarão à disposição dos PRODUTORES ÚTEIS.
Claro que uma sociedade cuja boa parte da produção de bens e serviços úteis são consumidos POR QUEM NÃO OFERECE EM TROCA UMA CONTRAPARTIDA COMPENSADORA, será uma sociedade mais pobre. Afinal o MONTANTE de bens e serviços consumidos é INFERIOR ao montante de bens e serviços disponíveis e desejáveis para consumo. Ou seja, o valor oferecido é inferior ao consumido e essa DIFERENÇA é de fato UMA EXPROPRIAÇÃO de bens e serviços contra seus produtores.
Logicamente se uma parte produz e duas partes consomem, aqueles que produzem são forçados a abdicar de parte do que produzem em favor de inúteis que nada produzem ou que impõem o valor de troca de seus produtos úteis ou inúteis. Havendo então uma diferença EXPROPRIADA por meio da ameaça de dano maior, a ameaça de violência.
Se o problema fosse de dinheiro, não haveria problema, posto que o governo pode produzir tanto dinheiro desejar e só não o faz na medida de tal desejo porque o dinheiro não é um produto trocável, mas apenas um meio de facilitar as trocas entre bens e serviços úteis. Assim, se o governo fabrica dinheiro e o utiliza para adquirir bens e serviços na sociedade produtiva, esta na verdade EXPROPRIANDO parte dos bens e serviços produzidos e desejáveis.
Imagine-se que uma parcela da população pudesse oferecer desenhos a lápis em TROCAS FORÇADAS para obter bens e serviços disponiveis.
Obviamnente aqueles que produzissem bens e serviços desejáveis teriam menos destes disponiveis para consumo, já que boa parte iria para os inúteis produtores de rabiscos em papéis.
Claro que os produtores de bens e serviços úteis e espontaneamente adquiríveis estariam empobrecidos por aqueles que consumiriam seus bens e serviços sem dar uma contrapartida compensadora ou mesmo qualquer contrapartida. Se o total de produtos úteis fosse espontaneamente negociados, livremente trocados, É ÓBVIO QUE A SOCIEDADE SERIA MAIS RICA, MAIS BEM SERVIDA DE BENS E SERVIÇOS.
Lucro é a remuneração do trabalho. Simplesmente isso.
Definição de lucro:
É a diferença entre o custo para se realizar algo e o valor recebido por esse algo. Somente isso.
Ora, um assalariado tem um custo para realizar seu trabalho: vestuário, alimentação, transporte e etc. O salario recebido TEM QUE SER SUPERIOR AO CUSTO PARA EXERCER SEU TRABALHO ASSALARIADO. Assim, uma parte do salário de um empregado, é custo e a outra é lucro. Essa parte do salário que é lucro deve ser avaliada pelo empregado se compensa seu trabalho dentro da sua suituação.
LUCRO é APENAS a DIFERENÇA entre o CUSTO para a realização de algo e o VALOR OBTIDO POR ESSA REALIZAÇÃO.
Um sujeito que compra um produto em uma fábrica e o vende ao consumidor tem um custo para realizar esse trabalho. O montante obtido do consumidor menos tal custo é o lucro, ou remuneração do trabalho do comerciante. Em nada diferente do lucro do assalariado que também tem um custo para realizar seu trabalho.