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O leviatã paulistano não encontra limites

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ANDERSON PIMENTEL*

Recentemente, o prefeito de São Paulo, Ferdando Haddad, instituiu aumento do IPTU para  30%, sob o pretexto de cobrir parte do rombo do subsídio destinado às empresas que fornecem transporte para a cidade, e com isso, manter a passagem no valor de 3 reais, uma demanda emergida das manifestações de Junho deste ano. No entanto, todo e qualquer aumento de tributos soa como uma medida impopular, e principalmente, quando se trata de tributos que incidem sobre a propriedade privada, tais impostos são e devem ser considerados um assalto a mão armada, pois tendem a encarecer o acesso a estes bens e ao mesmo tempo, penalizando as famílias de renda mais baixa.

O prefeito , munido de retórica marxista sobre ”luta de classes”, justificou o aumento afirmando de que isso se tratava de ”justiça fiscal”, ou seja, quem tem mais , paga mais, ignorando o peso do reajuste tributário sobre essas faixas de renda que citei acima, sem ao menos discutir com a população o reajuste do imposto. Essa benécia atenderá apenas e unicamente às empresas de transporte que manterão seus lucros gordos e seguros, à revelia de toda a população que depende deste serviço todos os dias. Ou seja , em um governo petista, para uma empresa não quebrar, toda a sociedade deve arcar com o prejuízo, de modo que os lucros destas empresas continuam sendo um segredo de Estado.

Esta  medida soa impopular ainda quanto lembramos que, quando o prefeito, então candidato ano passado , prometeu não mexer no IPTU para dar manutenção ao subsídio destinado às empresas de ônibus. Este subsídio, que gira em torno de 600 milhões de reais, que são enviados às empresas com o intuito de manter a tarifa fixa quando utilizados para bancar parte dos custos do serviço , saltará para 1,6 bilhão de reais. Uma quantidade monstruosa, que sairá do bolso do contribuinte,este que está saturado de pagar tantos impostos em relação a tudo que consome e obtêm como propriedade.

No entanto, algo me chama a atenção: não houve nenhum tipo de reação contra este reajuste com a mesma magnitude das manifestações de junho. Provavelmente, muitas pessoas estão acostumadas a crer no discurso estatal de que, quando algo vai errado, o governo precisa arrancar mais dinheiro das pessoas, com isso financiando a incompetência administrativa. Poupar, reduzir a máquina pública, reduzir impostos, reduzir cargos de confiança com altos salários? isso não existe na lógica de um burocrata vagabundo, que ganha a vida enfiando a mão no bolso de quem produz riqueza e ganha a vida de forma honesta. E quando se trata de uma administração petista, quanto mais aumentar o Estado, melhor. quanto mais dificultar a vidas das pessoas que batalham dia após dia, melhor para quem está no poder. E se a popularidade do prefeito de São Paulo estiver em risco, é só utilizar a receita que o PT usa há anos, que é por os pobres contra os ricos.

Em se tratando de impostos , não cabe a retórica marxista, pois aumentos abusivos impactam a vida de todos, todo e qualquer discurso, ainda que seja usado com viés de justiça social, feito com o intuito de justificar o assalto tributário a mão armada, visa apenas engordar o caixa do Estado, fortalecendo a máquina e enfraquecendo a capacidade de riqueza de todos. Tal afronta fiscal demanda um movimento de rua já.

*CORRETOR

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