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O desespero da esquerda mostra que estamos no caminho certo

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desesperada

Dia 15 de março de 2015 ficou marcado na história do Brasil. Mais de dois milhões de brasileiros foram às ruas neste domingo, em várias cidades, manifestar sua indignação contra o descaso, a incompetência e a roubalheira que tomou conta do nosso país. Manifestações pacíficas, com a presença de muitas famílias, entre avós, pais, filhos e netos. No meio daquela multidão, encontravam-se assalariados, empreendedores, estudantes, crianças, donas de casa e aposentados, sem bandeiras partidárias, baseados em princípios e valores democráticos. Embora alguns apresentassem reclamações e reivindicações mais específicas, todos gritavam em uma só voz por soluções aos problemas que nós brasileiros temos enfrentado diariamente, causados pelas más escolhas tomadas pelo nosso governo.

Na contramão, o governo segue dando desculpas e deixando de apresentar soluções, fazendo com que nós brasileiros continuemos pagando uma conta que não é nossa. Mas não entraremos nesse mérito aqui nesse texto. O que devemos expor aqui é que não só Dilma e sua equipe ficaram incomodadas com as manifestações de domingo. A esquerda em geral, em parte liderada e patrocinada pelo PT, por entidades que funcionam como suas linhas auxiliares, como a CUT e o MST, além de filiados e simpatizantes de partidos socialistas e comunistas de menor expressão, que às vezes também fazem o papel de linha auxiliar do PT, estão igualmente (ou até mais) incomodados.

O que se viu nas redes sociais foi uma mistura de desespero, ingenuidade e desonestidade por parte daqueles que vestem vermelho. Durante a semana passada, a tentativa de deslegitimar o movimento pacífico de domingo incluía discursos segregacionistas e generalizações patéticas sobre o perfil dos manifestantes, como se os protestos pedissem por intervenção militar ou pela volta da ditadura, e que estariam sendo motivados pelo ódio que a “elite branca” sente pelos pobres, que hoje, graças aos governos Lula e Dilma – dizem eles –, podem andar de avião, comprar produtos “de luxo” e fazer faculdade – embora eu, particularmente, penso que isso foi possível graças ao trabalho dos brasileiros que sempre quiseram melhorar de vida, e não de um governo ou de outro. Chegaram a dizer que as manifestações seriam um fiasco, que a “burguesia” não teria coragem de sair às ruas para reclamar seus direitos.

Pois bem, eles se enganaram. Aí começaram a acabar as desculpas para deslegitimar o movimento. Sobrou até para a camisa da seleção brasileira de futebol, que é um dos mais conhecidos símbolos do nosso país no mundo todo, e para montagens criminosas, como uma bastante propagada, ligando manifestantes ao nazismo. O desespero, mais uma vez, tomou conta das redes sociais, com as desculpas ficando cada mais vez mais esfarrapadas, lembrando muito o que o nosso governo faz. A esquerda percebeu que não é a detentora do monopólio das manifestações. Mais do que nunca, devem reconhecer também não é a detentora do monopólio da virtude, nem da justiça, tampouco das justas reivindicações. E aí fica difícil pra essa gente, porque esse sempre foi o maior apelo deles, ainda que, ultimamente, vêm sendo desmascarados pelas suas próprias contradições. E a tentativa de deslegitimar as manifestações tem sido uma das principais delas.

Ainda devemos lembrar que ficou mais feio se compararmos o que aconteceu neste domingo com o que aconteceu dois dias antes. Na sexta-feira, liderados pela CUT e pelo MST – braços auxiliares do PT e outros partidos de esquerda –, “manifestantes” e “trabalhadores” foram às ruas de algumas cidades brasileiras protestar, segundo eles, em defesa da Petrobrás, por “reformas estruturantes” e pela democracia. Muito contraditório, eu diria, por quatro razões, expostas a seguir.

A primeira é que defender a Petrobrás é tirá-la das mãos de corruptos parasitas que desviaram mais de R$ 88 bilhões da estatal nos últimos anos, e não defender que ela se mantenha nas mãos do PT e seus aliados. A segunda é que as “reformas estruturantes” deveriam ser iniciadas há 12 anos, quando Lula – o herói deles – assumiu a presidência da República. A terceira é que eles diziam defender a democracia enquanto atacavam o direito legítimo dos descontentes com o atual governo irem às ruas dois dias depois. E a quarta – e mais comentada – se refere aos “manifestantes” e “trabalhadores”, que coloquei entre aspas propositalmente. Ora, que “manifestantes” são esses que precisam receber dinheiro (R$ 35 em São Paulo e R$ 50 no Rio de Janeiro), além de pão com mortadela? E o que dizer dos “manifestantes” que nem português falavam? Para piorar, os “trabalhadores” estavam nas ruas em dia e horário em que os verdadeiros trabalhadores (estes, sem aspas) estavam trabalhando. Que “trabalhadores” são esses? É claro que nem precisaria dizer – mas digo – que estavam sendo bancados pelo dinheiro da contribuição sindical, recolhida dos verdadeiros trabalhadores. Mesmo assim, tais manifestações foram um fiasco. Muito menos pessoas foram às ruas na sexta-feira do que no domingo, em qualquer cidade do país.

Isso mostra que a maneira do PT e de toda a esquerda proceder já não está mais funcionando. Estão sendo descobertos pelas suas próprias contradições e pelas suas próprias mentiras. Inventam desculpas em vez de buscarem soluções. Pregam a segregação e incitam o ódio entre classes em vez de unir os brasileiros. Enquanto isso, a cada dia, mais brasileiros começam a perceber a farsa por trás da retórica das grandes figuras da esquerda do nosso país, somando-se àqueles que já se levantavam há um tempo contra um governo que desestimula o empreendedor e que pune o trabalhador com tantos impostos cobrados sem nenhuma contraprestação. Isso só mostra que estamos no caminho certo e que não devemos nos dispersar. Espera-se que esse lindo movimento faça os nossos representantes voltarem os olhos para a população e atenderem o nosso clamor, para que o Brasil seja um país habitável e admirado.

 

 

 

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Mateus Barreto de Oliveira

Mateus Barreto de Oliveira

Advogado atuante na área de Direito Público. Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Especialista em Direito do Estado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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