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O caso Odebrecht e a coerção estatal

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Ter o governo como planejador central e promotor do desenvolvimento cria uma reação em cadeia: regulação exacerbada, taxação escorchante, reservas de mercado, corrupção, favorecimentos, proteção e subsídios arbitrários, escândalos inacreditáveis e falências em profusão.

A Odebrecht não é uma empresinha qualquer. Não é uma ficção esotérica do tipo das empresas criadas pelo Eike Batista, sustentadas pela doutrina lulista dos campeões nacionais.

A Odebrecht realmente era uma empresa de engenharia que criou valor real e talvez pudesse ter sido ainda maior se não se imiscuísse com o governo e não praticasse os crimes que praticou.

Ambição não é vício. Ganância não é crime. Vício é querer satisfazer a própria ambição à custa dos outros usando de coerção. Crime é querer saciar a própria ganância corrompendo ou deixando-se corromper.

A Odebrecht não precisaria dos burocratas para satisfazer sua ambição, nem seus donos precisariam dos políticos para saciarem sua ganância. O oposto já não é verdadeiro.

A corrupção é corolário direto e inescapável do estatismo. Quanto mais exacerbada é a interferência estatal, mais suscetíveis à corrupção são as sociedades.

Quando alguém possui o poder de impedir os outros de viverem suas vidas, como é o caso dos que comandam o governo, essa pessoa tem nas mãos a chave do cofre das empresas que precisam da permissão dela para cumprirem a sua missão.

A vida empresarial é uma estrada e a corrupção é o pedágio cobrado por quem tem o poder coercitivo para impor barreiras.

Criar dificuldades para vender facilidades é o ramo de negócios no qual governos mafiosos são especializados.

Em países como o Brasil, onde a economia é mista e a regulação é total, não existe melhor negócio do que a corrupção.

Num país onde os políticos e burocratas criaram, criam e ainda mantém todos os tipos de dificuldades e, por outro lado, a venda de facilidades foi suspensa por medo das consequências judiciais, o que antes não existia, o desenvolvimento econômico cessa.

Qual a solução? Liberar o mercado de propinas? Permitir a corrupção ostensiva? Obviamente que não.

Existe apenas uma solução para esse entrave, liberar imediatamente o mercado, separando o governo e a economia para destruir de uma vez por todas a indústria do achaque e da corrupção, corolários indissociáveis da burocracia e da taxação.

O livre mercado é o processo em que as pessoas podem buscar satisfazer suas ambições e sua ganância sem usar de coerção, interagindo para mútuo benefício de forma livre e voluntária, o que não ocorre com o governo, pelo contrário.

Governos servem a um único propósito, impedir que os agentes econômicos, indivíduos ou empresas, satisfaçam suas ambições e saciem sua ganância usando de coerção.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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