O aparelhamento do Estado
ARTHUR CHAGAS DINIZ*
Há mais de onze anos, iniciou-se, formalmente, o aparelhamento do Estado brasileiro. Mais de 25 mil cargos foram preenchidos por pessoas de doutrina estatizante, empreguismo deslavado e, descobrindo-se mais recentemente, baixíssimas referências morais.
A questão aparece em tons mais nítidos quando a Comissão de Ética Pública (de curta memória) decidiu pedir explicações sobre as denúncias de tráfico de influência e venda de pareceres, capitaneadas por uma ex Chefe de Gabinete (?) de Lulla, a famigerada Rosemary Noronha. Dos participantes da quadrilha destacam-se: os irmãos Paulo e Rubens Vieira – respectivamente, diretores da ANA (Agência Nacional de Águas) e da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) – e o (!) ex número 2 da Advocacia Geral da União (AGU), José Weber de Holanda Alves. Esta salada de incompetência e desonestidade obedecia à batuta de Rosemary, ex-namorada (?) de Lulla.
A Comissão de Ética pode enveredar por caminhos insuspeitos, bons para apurar responsabilidades ruins para a presidente Rousseff. De qualquer forma, esse aparelhamento do Estado vem sendo devidamente perseguido pelos petistas, que já descobriram, há muito tempo, as vantagens de cargos públicos. Vantagens diretas e indiretas.
O episodio Rose, além de incomodar o sultão Lulla, pode ir muito mais fundo na avaliação dos males. O aparelhamento do Estado não é apenas ruim porque consome grande parte dos impostos, mas também porque proporciona as maracutaias.
* PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
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