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Não são as coisas que estão mais caras, é você que está mais pobre

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Comumente, encontramos pessoas nos supermercados, shoppings, lojas e outros locais e volta e meia essa frase vem à tona: “as coisas estão muito caras ou eu sou muito pobre”. Na verdade, apesar de os produtos estarem mais baratos, a moeda nunca esteve tão desvalorizada.

Primeiramente, vale a pena diferenciar dinheiro de moeda corrente: o dinheiro é meio de troca, unidade de conta, é uma reserva de valor. Já moeda corrente é tudo aquilo que não é dinheiro real. Ao longo da história, já tivemos vários itens que foram utilizados como moeda corrente, como tabaco, açúcar, sal, entre outros. Todos esses produtos foram meios de troca, mas nenhum deles era dinheiro real, pois não eram reserva de valor.

Hoje em dia, nossa moeda corrente é o real, mas a nossa moeda não faz reserva de valor. Prova disso é que, ao longo dos anos, desde que surgiu em 1994, perdemos o poder de compra: hoje precisamos de mais dinheiro para comprar o mesmo objeto de desejo que comprávamos na época em que surgiu o real.

Quando analisamos fatos e dados, observando os produtos considerados comodities como arroz, carne, soja, entre outros produtos de primeira necessidade, percebemos que, na verdade, com o passar do tempo, a combinação do capitalismo com a economia de mercado provoca uma deflação. Isso porque, quanto mais se produz, maior a oferta, maior a necessidade de vender os produtos, ou seja, toda essa disputa pelos consumidores faz aumentarem os descontos.

Os preços, portanto, com o passar do tempo, só foram caindo. Nós é que paramos de perceber, pois trocamos a moeda que faz a medida. Em vez de usarmos o dinheiro, passamos a utilizar uma moeda estatal, controlada, portanto, pelo Estado, e que perde valor com o tempo.

Em consequência, a contínua desvalorização da moeda foi responsável pelo agigantamento do setor financeiro, pois as pessoas precisaram adotar medidas para proteger o poder de compra, o que acaba por desvalorizar o setor produtivo, que é quem genuinamente gera riqueza.

Por fim, resta muito claro, quando analisamos ao longo da história desde o Plano Real que instaurou a moeda Real em Julho de 1994, que os produtos, por conta da economia de mercado, foram ficando mais baratos; porém, o valor da moeda, ao invés de se valorizar com o passar do tempo, decaiu, o que consequentemente diminuiu o poder de compra do brasileiro. Por isso, a próxima vez em que ouvir a famosa frase de que as coisas estão muito caras, lembre-se de que, na verdade, apesar de as coisas estarem mais baratas, a sua moeda é que não está valendo muita coisa.

*Bharbara Pretti é Associada III do Instituto Líderes do Amanhã.

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