Não quero reforma, quero faxina
Imagem: Daniel Kuhn
Indispensável comentar a resposta do Palácio do Planalto às manifestações de Quinze de Março.
Isto porque seus ocupantes, ainda não entenderam a mensagem das ruas.
Não queremos reformas que impossibilitem o exercício do direito à liberdade de expressão, da qual o financiamento de campanhas eleitorais, feito por pessoas físicas ou jurídicas, a seu critério, é uma de suas formas.
Não queremos o governo tirando mais dos nossos recursos, tentando direcionar a nossa voz como ele bem entende.
Somos contra a imoralidade e não cremos, com base nas evidências e na dedução lógica, que o atual governo possa, um dia, responder como deveria, com absoluto apego à verdade e à decência.
Hoje, é consenso, entre aqueles que se submetem à realidade e à lógica, que dissociar o PT da corrupção é ignorância ou fanatismo.
Qualquer pacote anticorrupção, para ter um mínimo de coerência e legitimidade, na minha opinião, deveria conter sete pontos:
- José Dirceu, José Genoíno e todos os demais corruptos já condenados, deveriam voltar para a cadeia para cumprirem suas penas integralmente, sem privilégios ou subterfúgios.
- O ministro Dias Toffoli, do STF, pelo menos, deveria declarar-se impedido de julgar assuntos que envolvem o PT, ou qualquer de seus membros.
- A Polícia Federal deveria seguir com seu poder investigativo, independente e impessoal.
- Os políticos deveriam perder o foro privilegiado, e crime onde o governo ou um de seus agentes figurasse como réu, deveria ser imprescritível.
- Todas as empresas estatais deveriam ser privatizadas, o acesso aos mercados liberado e o controle de práticas autorregulado.
- Lula e Dilma deveriam ser considerados suspeitos e submetidos à investigação.
- O PT e seus dirigentes deveriam ser considerados suspeitos e submetidos à investigação.
No próximo dia Doze de Abril, a mensagem será reenviada.
Esperamos que a destinatária honre seu cargo, respondendo com sua própria voz.
Concordo com seu pacote anticorrupção e gostaria de sugerir mais um item: todo agente público seja presidente, governador, prefeito, juiz, senador, deputado federal ou estadual, vereador, ou qualquer outro que possa dificultar ou obstruir o processo investigativo e ou judicial seja afastado de suas funções até que se prove sua lisura, caso contrário este seja impedido de seu cargo.