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Meu Brasil brasileiro

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FILIPPO SCELZA*

Hoje amanhecemos chocados com a capa da The Economist, apontada pelo Presidente do IL, Rodrigo Constantino, em seu excelente blog, na Revista Veja.

Mas será que “chocados” é a palavra certa para descrever nosso sentimento? Muito provavelmente não. Ainda em 2009, data da ufanista e exagerada capa do periódico inglês, na qual aparecia o Cristo Redentor decolando como se fosse um foguete, representando o estágio de aparente prosperidade que vivíamos, inúmeros liberais apontavam para as necessidades de aproveitarmos os bons ventos que sopravam no Brasil para que implementássemos programas econômicos com o intuito de destravar o setor produtivo das suas seculares amarras tributárias, trabalhistas e macroeconômicas.

E fomos ouvidos? Não, meus amigos, não fomos. Não só não fomos ouvidos, como nos tornaram motivo de chacota para os discípulos da UNICAMP e leitores assíduos do economista sul coreano Ha Joon Chang. 2009, um dos “anos dourados” do estatismo petista, parecia demonstrar a investidores desavisados e ao público desinformado que o Brasil estava mudando.

Quatro anos depois, aqui estamos, num cenário onde empresas estrangeiras se deslocam para o Brasil e perdem sua competitividade, como foi o caso da Zara; onde concessões importantes ficam empilhadas atrás da infindável burocracia do Planalto; onde o próprio governo maqueia seus índices econômicos e trata o dinheiro do contribuinte com um descaso profissional, visando sua perpetuação frente a deste gigante obeso e deficiente.

E qual seria a postura correta para nós liberais tomarmos neste momento? Será que nos escondermos atrás do pomposo, porém vazio, “eu avisei” funciona? Com certeza, não.

Agora é o momento de voltarmos a trazer ao debate público a necessidade de modernização da economia brasileira. Uma modernização trabalhada em cima do indivíduo, e não do Estado. Uma modernização liberalizante. Esta é, reconhecidamente, uma discussão demasiadamente complexa. Ela não pode ser feita somente em think-tanks ou ambientes universitários. Precisa envolver, também, parlamentares e administradores públicos para que pontos como a redução da carga tributária, flexibilização das leis trabalhistas, constante desburocratização da administração pública e controle da inflação sejam trabalhadas em todas as esferas.

A questão é complexa. Se não o fosse, não seria brasileira. Cabe a nós termos fibra e responsabilidade de levarmos o debate liberal para a opinião pública e para as esferas de mudança. Nas palavras do Presidente do IL, o que não podemos é ficarmos parados.

*ADVOGADO NO RIO DE JANEIRO

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