Metodologia do Idiota Útil (5) – A inveja
ROBERTO BARRICELLI*
O Idiota Útil é o ser mais invejoso existente. Não importa se o que o outro possui foi conquistado, através de muito trabalho. O idiota útil condena o sucesso alheio e odeia os indivíduos que prosperam com o próprio trabalho.
É tão invejoso, que basta o outro prosperar por mérito para ser chamado de fascista, opressor e outros “nomes” do tipo. Não satisfeito em chamar o outro daquilo que o próprio idiota útil é, este resolve que merece uma parte daquilo que não ajudou a criar, da riqueza gerada pelos demais.
O que o idiota útil fez para merecer essa parte? Nada. Ele simplesmente acha que merece e ponto, pois na mente distorcida dele o outro roubou, oprimiu, explorou, etc, para conseguir o que possui, independente se é verdade ou não. Para o idiota útil a economia é um jogo de somar zero, onde para um obter o sucesso e lucrar é necessário que outro fracasse e empobreça. A visão de um ignorante econômico.
Eu não preciso empobrecer meu vizinho para que eu obtenha sucesso e lucros. Através do meu trabalho posso alcançar minhas metas e/ou superá-las, através do meu mérito, isso vale para todos os indivíduos. O empresário gera empregos, a empresa gera riqueza e esta gera renda aos trabalhadores. Porém, essa riqueza só é possível através do desempenho desses trabalhadores, de outras empresas e de outros trabalhadores/consumidores. Só quem precisa roubar a riqueza gerada por um indivíduo para entregá-la a outro é o Estado.
O idiota útil acha que a geração de riqueza de terceiro deve ser dividida com todos que não trabalharam para gerá-la. Ele realmente acha que todos têm o direito sobre o que é dos demais, sem ter feito absolutamente nada que justificasse tal “direito”.
A verdade é que o idiota útil quer viver no “bem bom” sem fazer nenhum esforço, sustentado pelos economicamente ativos, e prosperar através do ócio, pois não possui capacidade suficiente para obter tal desenvolvimento e sucesso através de mérito próprio. Como não alcança essa meta, o idiota útil tem inveja de todos que obtém sucesso através da própria capacidade, de mérito próprio, ou seja, tudo aquilo que ele próprio não tem.
Por ser e se reconhecer um incapaz, o idiota útil odeia a todos os capazes e ao invés de buscar o desenvolvimento de suas limitadas capacidades, prefere concentrar as energias na tentativa de legitimar o roubo das propriedades alheias para financiar a si próprio e a todos os demais idiota úteis.
Ele inveja o mérito e deseja que o ócio, a preguiça, a “vagabundice” e o demérito sejam premiados, em detrimento daqueles que trabalharam pelo que conquistaram. O idiota útil quer ganhar, sem trabalhar, quer uma parte do que pertence ao outro, sem ter feito nada para colaborar com a conquista alheia. E quando encontra alguém que não cresceu através do mérito alheio, acusa-o(a) justamente do contrário, exigindo um pedaço, uma parte, uma fatia, pois a inveja é tanta que sente a necessidade de tomar o que pertence ao outro, mais do que conquistar através de si mesmo.
O idiota útil cultua o parasitismo e faz guerra a meritocracia, por pura inveja da capacidade alheia. Ele deseja ardentemente a punição daqueles que prosperam com as próprias pernas, pelo “crime” de conseguirem prosperar, enquanto ele não consegue. Não percebe que tal postura fomenta o desestímulo à geração de riquezas, pois porque eu trabalharei, me esforçarei, gerarei riqueza, se boa parte do que conquisto me é roubada para sustentar indivíduos que vivem do parasitismo?
“É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra deve trabalhar sem receber. O Governo não pode dar a alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando a outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, assim chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a” – Adrian Rogers (Pastor). Posso não ser profundo admirador de quem cunhou tal pensamento, mas não posso deixar de concordar plenamente com o exposto.
*JORNALISTA