A melhor ferramenta contra a pobreza: Emprego
NCPA*
O debate econômico sobre a pobreza tem se concentrado no salário mínimo e nos programas de governo, mas deve ser focado em empregos, alertam Charles Blahous e Keith Hall, do Mercatus Center.
A maioria dos norte-americanos entre as idades de 18 e 64 que estavam em situação de pobreza em 2012 não estava empregada, mesmo que por uma semana, e apenas 11 por cento tinham emprego em tempo integral. A resposta para esse problema da pobreza são empregos e não, gastos de governo.
- Nunca houve uma queda na taxa de pobreza que não estivesse associada a um aumento da taxa de emprego.
- Desde o final da década de 1990, o aumento da taxa de emprego tem sido o único redutor de pobreza confiável.
Infelizmente, cada vez mais americanos estão desistindo de trabalhar. Em 2013, a taxa de participação da mão de obra nos EUA estava em seu ponto mais baixo em mais de duas décadas para cada faixa etária entre 20 e 54 anos de idade. Essa queda na mão de obra foi muito maior do que a prevista pelo Departamento de Orçamento do Congresso (CBO, em inglês), com graves consequências econômicas:
- O CBO projetou uma taxa de emprego de 160 milhões de pessoas em 2013, mas o número real foi de 155 milhões.
- Essa diferença de cinco milhões de pessoas é o equivalente a um déficit de 557 bilhões de dólares em potencial de renda nacional.
Os formuladores de políticas estão na expectativa de aumentar o salário mínimo, o que só vai aumentar os custos de contratação e aumentar o desemprego ainda mais. Além disso, o Affordable Care Act penaliza o emprego, com o CBO descobrindo que ele fará com que mais de 2 milhões de trabalhadores de tempo integral deixem o mercado de trabalho em apenas alguns anos. Esta perda de trabalho terá um sério impacto sobre as famílias americanas, mesmo sobre aqueles que são capazes de encontrar um novo emprego:
- A pesquisa indica que aqueles que encontraram emprego depois de ficarem desempregados tiveram uma redução de salários até duas décadas depois.
- Aqueles que não conseguem emprego por um longo prazo podem nunca mais entrar no mercado de trabalho.
As leis que aumentam os custos do trabalho e reduzem os incentivos ao trabalho não promovem o emprego. Os legisladores precisam entender as consequências de tais programas e se concentrar em políticas que incentivem o trabalho e a contratação.
* NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS
Artigo na íntegra:Charles Blahous and Keith Hall, “Jobs: The best way to fight poverty,” Economics 21, April 30, 2014.
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Tradução/adaptação LIGIA FILGUEIRAS
Fonte da imagem: Wikipédia