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A liberdade vence – a Suíça contra o socialismo

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ROBERTO BARRICELLI*

Suiça

A vitória ocorreu em terreno suíço e não é para menos, pois a Suíça está no TOP 5 de Liberdade Econômica da Fundação Heritage. Os eleitores recusaram uma lei que visava limitar o salário de executivos das empresas (que são privadas) em no máximo 12 vezes o menor salário.

A juventude socialista está revoltada por que empresas privadas pagam até 200 vezes mais para executivos do que para empregados. O que tenho a dizer? Os idiotas úteis existem por lá também e como todo esquerdopata que se preze odeiam o sucesso alheio e a liberdade.

Afirmo isso com minha consciência tranquila. Primeiro, por que as empresas privadas possuem donos e/ou acionistas a cabe somente a estes decidir quanto pagarão para aqueles que trabalham em suas empresas. A propriedade é privada e não dos imbecis de plantão que pensam que deixando os mais ricos, menos ricos, beneficiarão em algo os mais pobres. Como se a economia fosse um jogo de soma zero.

Deixar o mais rico, menos rico, não torna o mais pobre, menos pobre. Esse dinheiro não será repassado aos mais pobres. Não deixará de entrar na conta de um para ir à conta do outro. O salário de X diminuir não aumentará o salário de Y.

O que conseguiriam é diminuir o incentivo desses executivos para obterem determinados resultados, pois seus salários seriam rebaixados ao menor patamar da história suíça e transformaria o país no detentor da lei salarial mais rígida do planeta. O incentivo cortado, os resultados diminuem levando junto boa parte do lucro e obrigando empresas a cortarem empregos.

O que socialistas fazem questão de não compreender (entre diversos outros pontos) é que sufocar o rico apenas aumenta as mazelas dos mais pobres, pois são os primeiros os responsáveis pelos investimentos necessários às empresas para que estas obtenham elevado desempenho, logo, gerando empregos.

E daí se o executivo de sua empresa ganha 200 vezes mais que você? O que você faz para merecer ganhar o mesmo que ele? Possui a mesma qualificação e desempenha o mesmo trabalho com as mesmas responsabilidades e resultados? Se não está satisfeito, pois acha que vale tanto quanto esse executivo, então procure um emprego que lhe pague o mesmo valor que ele recebe, pois se você é um profissional tão qualificado, experiente e capaz, logo, não terá dificuldade em alcançar tal meta.

Criar bodes expiatórios é típico da esquerda desesperada por enganar a si própria. Tentam repetir uma mentira diversas vezes para que se torne verdade. Colocam a culpa pelo próprio fracasso no sucesso alheio. Mas não conseguiram enganar os cidadãos suíços, com seus discursos desprovidos de racionalidade e baseados na demagogia socialista.

Os 65,3% dos eleitores contrários a lei mostraram que as falácias socialistas não são imbatíveis.

Limitar o salário de executivos casaria a derrocada dos resultados das empresas, logo, afastaria os investidores estrangeiros. Sabendo que a Suíça está cheia de multinacionais poderosas como a farmacêutica Novartis, o menor desempenho das gigantes ali instaladas resultaria em elevação do índice de desemprego e fuga de investidores.

Se um funcionário ganha X e o executivo 200 vezes X é porque a empresa está atingindo os resultados necessários para que o executivo mantenha o alto salário e o funcionário seu emprego. Invejar o próximo e lutar pelo rebaixamento deste não lhe conferirá maior poder aquisitivo, nem melhor qualidade de vida. Apenas o deixará menos “rico” e você igual estava antes, só que com maior insegurança no trabalho e cobranças muito maiores. Estás preparado para assumir uma posição mais importante e trabalhar sobre maior pressão sem que haja qualquer benefício extra que não a manutenção de seu emprego, só para que alguém que ganha mais que você tenha o salário rebaixado?

Quanto mais dinheiro a empresa ganhar, maior será o potencial de investimento para ganhar mais espaço no mercado e lucrar mais. Esse cenário propicia a abertura de mais postos de trabalho (geração de empregos) e ampliação de setores, demandando mais líderes e profissionais mais qualificados para preencher tais vagas. Isso não ocorrerá por que a empresa é boazinha e quer lhe ver feliz, mas por que essa é a estratégia de mercado mais inteligente e que trará melhor retorno para a própria empresa.

Antes de olhar para o salário do outro, olhe para o trabalho do mesmo, os resultados, a história profissional e pessoal, o curriculum vitae e depois olhe para si. A ruína do outro não lhe trará vantagem alguma, ao contrário, pode significar sua ruína e de seus colegas no longo prazo.

A desigualdade sempre existirá, mas saiba observá-la, pois não se resume ao outro ganhar 200 vezes mais que você. Você recebe de acordo com o valor de sua mão de obra? E o outro, também recebe? Se sim, então, onde está toda essa desigualdade? Há uma diferença econômica entre vocês, mas que é explicada pelas diferentes responsabilidades e funções exercidas por cada um e não uma desigualdade gritante.

Você receberá de acordo com o valor de sua mão de obra e a qualidade de seu trabalho e por esses mesmos critérios serás recompensado, ou dispensado, ou permanecerá estagnado. Você é responsável pelas suas decisões, pelo seu sucesso e pelo seu fracasso, sendo os fatores externos no máximo influenciadores, mas não necessariamente determinantes. Um fator externo ser primordial para seu sucesso ou fracasso é a exceção e não a regra e mesmo nesses casos há de se atentar a qual foi sua análise de tal fator, sendo sua a responsabilidade por esta.

A liberdade econômica proporciona ao indivíduo a oportunidade de empreender, valoriza o trabalhador devido à necessidade de mão de obra mais qualificada e eleva os índices sociais e econômicos. Para tanto, basta verificar que os países mais livres do mundo estão nas primeiras posições do Ranking do Índice de Desenvolvimento Humano e de Renda per capta. A própria Suíça possui PIB per capta anual de US$43.900 ocupando a 15ª posição no ranking, enquanto Singapura que também está no TOP 5 do Index of Economic Freedom da Heritage Foundation possui PIB per capta de US$60.500, ocupando a 6ª posição.

Não sendo isso suficiente, no Índice de Desenvolvimento Humano a Suíça está no TOP 10 e Singapura no TOP 20. A expectativa de vida nos dois países está também entre as maiores do mundo, com 82,5 anos e 81,2 anos respectivamente. Para completar, os demais países do TOP 5 de liberdade econômica são: Austrália, Hong Kong e Nova Zelândia, com PIB per capta anual de US$40.800 (23ª), US$49.800 (11ª) e US$28.000 (47ª) e expectativa de vida e 82 anos, 81.9 anos e 80.8 anos respectivamente. Confira nos links disponibilizados ao final do artigo as informações prestadas. Compare as fontes e verá que a renda per capta é muito próxima ao PIB per capta, refutando a falácia da “má distribuição de renda” nesses países.

Enfim, me estendi mais do que pretendia, mas que fique claro, não há mera ideologia fundamentando este artigo, mas a observação da história social, política e econômica e a clareza dos fatos. Fatos estes que os cidadãos suíços se atentaram brilhantemente.

*JORNALISTA

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