Já não há tempo
ARTHUR CHAGAS DINIZ *
As coisas da próxima Copa do Mundo começaram mal. Com a intuição que nunca lhe foi negada, Lulla regozijou-se quando o Brasil foi escolhido como sede da próxima Copa do Mundo de Futebol. O então Presidente considerou a escolha do País como uma vitória sua pessoal.
Estamos agora na etapa preliminar, a Copa das Confederações. Evento significativamente menor e menos relevante do que a Copa do Mundo. As manifestações públicas de desagrado da população com os gastos para a realização deste torneio serão, certamente, maximizadas em 2014.
A FIFA, diz Valcke, já sabe que, até lá, não haverá melhoria substantiva da infraestrutura, tal como havia prometido Lulla, quando “brigamos” pela indicação. Valcke já está conformado. Não sei se a parcela da população que tem manifestado, de forma ruidosa, seu desagrado, vai receber a Copa do Mundo com o ar festivo dos que se locupletaram com a construção das arenas.
Não há mais tempo para melhorar significativamente a infraestrutura. Vamos ter que gastar mais em segurança. O Brasil, de repente, tomou consciência dos absurdos gastos do governo. E não há mais tempo para mudar.
* PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL