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O Plano Marshall e a tragédia no Sul: sobre aprender com a história

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No dia 5 de junho de 1947, dois anos após o fim da II Guerra Mundial, o general George C. Marshall, então Secretário de Estado, proferiu um discurso na Universidade de Harvard dizendo que a Europa não se reergueria sem o apoio financeiro dos EUA. A ideia foi bem aceita pelo Presidente Truman e uma lei foi proposta pelo Senado no Congresso, que a aprovou em março de 1948 para entrar em operação a partir de abril daquele mesmo ano, tendo seu encerramento sido previsto para 1951.

A lei estabeleceu uma verba de cerca de 17 bilhões de dólares, que correspondiam na época a 6% do PIB anual dos EUA. Se corrigirmos pela inflação, esse valor seria equivalente a 240 bilhões de dólares de 2023. Em 2023, 6% do PIB americano seria equivalente a 1 trilhão e quinhentos bilhões de dólares.

O governador Eduardo Leite vem falando na necessidade imediata de se proverem recursos para a recuperação do nosso estado, o Rio Grande do Sul. Entendo a preocupação do governador em ver um futuro radiante para o estado e sua economia. Ocorre que sua preocupação é extemporânea. Antes de pensarmos em reconstruir o estado, é preciso fazer o que os americanos fizeram entre 1941 e 1945: concentrar os recursos e o foco das atenções em ganhar a guerra.

Ocorreu também que os países que receberam a ajuda americana, principalmente a França e a Alemanha, assim como o Japão em plano separado, foram obrigados a adotar Constituições que tornaram aquelas sociedades mais liberais, com economias mais abertas, com governos limitados, que abandonaram o formato institucional e político que caracterizavam seu sistema social fascista, militarista e imperialista.

Então, cabe ao governador aprender com a história. Não apenas para criar referências metafóricas. O Plano Marshall é a parte menos importante da recuperação social e econômica da Europa do pós-guerra. O estabelecimento de políticas pró-mercado é que foi essencial para a recuperação de um continente totalmente devastado pela loucura dos governantes irracionais, coletivistas e estatistas que acham que o estado é o grande motor da sociedade.

Liberte a sociedade, governador, para cada um dos gaúchos poder florescer e prosperar por seu próprio esforço e mérito. Se uma sociedade precisa de tragédias para amadurecer e encontrar todo seu potencial, os gaúchos encontraram o verdadeiro desafio de que precisavam. Se a guerra está sendo vencida, é o próprio povo o responsável.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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