A China crescia, pois era mais livre do que tem sido. Não existe crescimento sustentável sem liberdade.

De 1978 a 2008, a China experimentou a espiral virtuosa de uma economia de mercado. Mesmo não sendo um capitalismo laissez-faire, a abertura econômica, a institucionalização da propriedade privada e uma desregulamentação de dar inveja a muito empreendedor ocidental fizeram a renda per capita dos chineses aumentar quase 70 vezes no período. Bilhões saíram da miséria, não só na China, mas no mundo com o aumento da produtividade chinesa.

O responsável por essa evolução foram os americanos que estimularam relações de cooperação e trocas voluntárias entre os próprios chineses e destes com o mundo.

Não tem a relevância os que dão a hipótese dos EUA ser superado pela China nas estatísticas que medem o PIB. O que importa de verdade é o PIB per capita e a qualidade do que cada sociedade produz e no que ela investe.

Se a China continuar na sua política de aumento da intervenção estatal na vida pessoal dos chineses, seja no que se refere à liberdade de consciência, expressão, associação e no exercício dos direitos individuais, haverá um grande declínio na produtividade, na expansão demográfica e o país perderá o fôlego que adquiriu após o fim do comunismo.

Quanto maior for o endurecimento das políticas do governo chinês, maior será o fluxo de emigração das cabeças pensantes para os Estados Unidos e a Europa.

Os chineses adoram o ambiente universitário americano. Ficar por lá para aplicar seus conhecimentos pode fazer com que a mentalidade empreendedora deles se some a dos americanos, resultando em maior desenvolvimento dos EUA do que a China.

Caso similar se deu e continua ocorrendo com os nerds indianos que hoje lideram corporações americanas que atuam em diversos mercados, tecnologia, finanças e logística. O gráfico mostra que em 1990, a renda per capita chinesa foi de US$ 318.00 e a dos EUA era 75 vezes maior. Em 2022, a renda per capita chinesa foi de US$ 12720.00 e a renda per capita americana foi 6 vezes maior.

O comércio internacional é jogo ganha-ganha. São os governos que transformam as relações entre os agentes econômicos em jogo de soma zero com a regulação e a tributação imoral.