Greves e anarquismo
RICARDO VÉLEZ-RODRÍGUEZ*
Nos atuais momentos de paralisia induzida pelo anarquismo sindical, é necessário que o governo corte o ar de um movimento de sindicatos oficiais que agem declaradamente contra os interesses do Brasil, como acontecia, nos idos de 1980, na Inglaterra. A presidente Dilma pode se firmar como verdadeira estadista se, junto com as privatizações necessárias, confrontar de forma decidida os dirigentes do grevismo irresponsável e obrigar os funcionários a voltar às suas tarefas. Margareth Thatcher fez isso na Inglaterra e o país superou os empecilhos que o impediam de se desenvolver a contento.
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A situação é grave. Quando está em jogo o bem comum, os interesses particulares têm de ser disciplinados, a fim de que o caos não se instale na sociedade. Os grevistas devem voltar ao trabalho imediatamente. O governo tem instrumentos para obrigá-los a cumprir com as suas funções. É necessário que o funcionalismo federal entenda, de uma vez por todas, que os recursos do orçamento são limitados. Como frisou recente editorial de O Estado de S. Paulo (“Caindo na real”, 24-08-12)
“Durante anos, o governo Lula beneficiou o funcionalismo federal com reajustes acima da inflação, que recompuseram com sobras o poder de compra de centenas de milhares de servidores. É normal que se tenham acostumado a esses benefícios, principalmente porque, tendo o PT fincado pé na administração federal, se consolidou entre a insaciável companheirada a convicção de que o Estado deve ser o Grande Provedor”.
É a reedição, em pleno século XXI, do princípio pombalino de que cabe ao Estado “garantir a riqueza da nação” sem que seja necessário, aos cidadãos, trabalhar, bastando apenas “se encostar no Estado”.
[ARTIGO NA ÍNTEGRA]
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*PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
Pesquisador na área de História das ideias