“Good Money” – O dinheiro emitido por empresas privadas
THE INDEPENDENT INSTITUTE
Good Money: Birmingham Button Makers, the Royal Mint, and the Beginnings of Modern Coinage, 1775-1821
Autor: George Selgin
Prefácio: Charles A. E. Goodhart
A cunhagem privada de moedas existiu de várias formas durante milênios. As moedas não eram escolhidas arbitrariamente por governos centrais, mas pelas milhões de voluntárias avaliações feitas por compradores, tomadores de empréstimo e emprestadores, todos os dias.
Em Good Money, George Selgin focaliza um desses períodos quando empresários britânicos desafiaram com sucesso o monopólio da Coroa na cunhagem de moedas durante a Revolução Industrial.
Nos anos 1780, quando a Revolução Industrial estava começando a ganhar ímpeto, a Casa da Moeda Real deixou de produzir moedas de valor baixo para os donos de fábrica pagarem seus operários. Quando a escassez de moedas passou a ameaçar a evolução do progresso industrial, os fabricantes começaram a produzir moedas particulares, feitas sob encomenda, denominadas “insígnias de comerciante” [tradesman’s tokens]. Ganharam rápida e ampla aceitação e serviram como moeda corrente mais popular do país para pagamento de salários e vendas no varejo até 1821, quando a Coroa baniu todos os dinheiros, exceto o próprio.
Good Money não apenas examina o papel crucial da cunhagem de moeda privada, num mercado livre, para o fomento da Revolução Industrial da Grã Bretanha, mas também desafia as crenças nas quais se baseiam os monopólios dos governos para a emissão das moedas.
Revela, assim, as alternativas do setor privado para a moeda emitida pelo governo e para a regulação financeira, tais como dinheiros digitais, cartões de dinheiro, transferência eletrônica de fundos e (fora dos Estados Unidos) a espontânea “dolarização”.
TRADUÇÃO: LIGIA FILGUEIRAS