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Funai mantém coordenação para militância de gênero entre povos indígenas

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Entre as atribuições da Funai para execução da política indigenista está a promoção da cidadania, que possui uma coordenação específica dentro do órgão, que atua no campo da educação e da difusão da ideologia de gênero entre os índios. Esse foi o resultado das mudanças feitas dentro da Funai em 2012, durante o governo da petista Dilma Rousseff, quando foi decidido pela redução do papel do órgão na área de educação para abrir espaço para militância de gênero entre as gerações dentro das aldeias indígenas.

Um dos primeiros eventos que marcaram a estreia da gestão do atual presidente da Funai, o delegado da Polícia Federal Marcelo Augusto Xavier da Silva, foi o assassinato do cacique Emyra Wajãpi, o líder indígena da etnia Wajãpi, do estado do Amapá, que foi mutilado, tendo o seu pênis decepado, no dia 22 de julho de 2019. Contudo, um fato passou despercebido em praticamente toda a cobertura daquele episódio. O brutal atentado ocorreu durante a realização do Encontro de Mulheres Wajãpi, organizado justamente pela coordenação da Funai que trata de militância de gênero, “que reuniu 58 mulheres de todas as regiões da TI – jovens, mães e avós – para discutirem questões diversas de seu cotidiano. Foram abordados temas como cultura, família, relações com o mundo não-indígena e gênero” .

Desde que assumiu a presidência da Funai, em julho do ano passado, o delegado Marcelo da Silva tem sido alvo de críticas de todos os setores da sociedade envolvidos com a temática indígena, sejam eles ambientalistas, ruralistas, servidores do órgão, procuradores, parlamentares e, principalmente, os próprios indígenas. Em dezembro, ele foi considerado um “alienígena” no indigenismo pela mais notória apoiadora do presidente Jair Bolsonaro entre os povos indígenas, a youtuber xinguana Ysani Kalapalo.

A manutenção das atividades de militância de gênero dentro da Funai são apenas mais um exemplo da insuficiência em atender aos diversos segmentos sociais afetos à Funai. Recentemente, o portal Renova Mídia demonstrou que, da mesma maneira, para a área de desenvolvimento econômico e social dos povos indígenas, foram designados servidores radicalmente contrários ao presidente Bolsonaro. Da mesma forma, continuam os contratos com as ONGs que recebem recursos diversos e elaboram “planos de gestão” das terras indígenas, parte do território nacional e patrimônio da União. Continua a ser entregue o controle de boa parte do solo brasileiro diretamente para organizações internacionais e nações estrangeiras, sem retorno do material nem mesmo à própria Funai.

Um exemplo disso é a própria Terra Indígena Wajãpi, no Amapá, onde foi assassinado o líder Emyra, durante um evento organizado pela própria Funai, em parceria com a ONG Iepé e estudantes de Ciências Sociais da USP, com intermédio da professora belga Dominique Gallois. Essa parte do país é conhecida por indigenistas como Cuminapanema e se trata basicamente de uma “Amazônia belga”, um paraíso para militantes de gênero onde se pode mutilar o pênis de um “macho opressor” e convocar o senador Randolfe Rodrigues para gravar um vídeo acusando “garimpeiros” pelo homicídio. Tudo isso debaixo das barbas e com o silêncio cúmplice da presidência do órgão indigenista oficial.

*Sobre o autor: Antonio Pinho é professor, jornalista e Doutorando em Letras.

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