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Educação, a raiz do problema

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A educação, que contempla os valores virtuosos e o conhecimento das disciplinas científicas “duras” de matemática, ciências e português, é a base de tudo. Nunca esqueçamos que as ideias de hoje serão as políticas do amanhã. Educação é distinta de ensino – e, nesta República das Bananas, inexistem ambas – com raras exceções.

Em todos os níveis educacionais, há uma brutal transferência da educação dos pais e da família estendida para a escola. No caso das elites, a troca se dá para as babás e para a escola particular e, na situação dos pobres, para as escolas públicas. E o ensino, então? Se professores não possuem uma formação de qualidade, como irão ensinar alguma coisa?! Escolas e universidades viraram centros marxistas criadores de militantes, em vez de espaços de formação de profissionais competentes.

Nosso futuro prossegue sendo nebuloso, pois persistem o pouco envolvimento dos pais com o que se ensina aos filhos e a manutenção de elites educacionais “progressistas”, que se opõem a uma mudança do foco do pensamento crítico contra a “opressão” para o centro na formação total e básica relacionada aos conhecimentos basilares.

Os valores civilizacionais judaico-cristãos estão esvaecendo, o desdém pelo passado e o “alto padrão do ato de chocar” são as tendências “cool”, tudo em nome de um hedonismo extremo e de uma ilusória gratificação imediata em detrimento de um futuro próximo mais saudável e próspero. A “taça” social não rachou, objetivamente despedaçou-se em pedaços identitários intolerantes, que negam e querem apagar o passado e suas conquistas evolucionárias – ainda que tenham existido graves mazelas.

Quando somente se enfatizam as diferenças, as semelhanças são esquecidas em favor do enfrentamento! Parece haver uma espécie de consenso – burro, culposo e vitimista – de que essa geração pós-moderna é a fonte de mais sabedoria – mesmo sem conhecimento e cultura – e de que todos os grandes, cultos e visionários homens e mulheres do passado não passam de bastardos exploradores e vampiros do sangue dos comuns.

A sabedoria acumulada da humanidade, aquela que resistiu ao teste dos tempos, foi jogada na latrina, e as ideias genuinamente progressistas, contemplando distintos pontos de vista, edificadas por diferentes heranças étnicas – mas semelhantes -, teve o mesmo trágico destino. Onde está a raiz deste problema, que nos conduzirá ao continuado atraso e retrocesso?

As razões são amplas e variadas, porém, não me resta um fiapo de dúvida em afirmar que grande parte do imbróglio reside na péssima qualidade de nossas instituições – extrativistas. Dentre estas, as universidades são grandes cúmplices, junto com um sistema falido de educação básica. Professores justiceiros sociais, marxistas, tornaram-se coaches de estudantes, treinando-os para permanecerem fechados nas suas mentes identitárias, refratárias ao mundo exterior e as suas possibilidades pragmáticas.

A única identidade que vale é a do indivíduo e da sua tribo; aquela nacional que foi criada a partir de nosso passado, na cabeça hiper-individualista desses meninos e meninas, é arbitrária e repressora. Para esses cultos desaculturados, todos que não compartilham de suas meras crenças intolerantes são legítimos pecadores.

Bem, aparenta inexistir cola potente o suficiente para fixar os fragmentos, de várias e distintas formas sociais, espalhados pelo terreno arenoso. A universidade pós-moderna é a base do problema, já que impulsiona sobremaneira um hedonismo associado aos comportamentos super individualizados e voltados para a realização de prazeres imediatos e passageiros, relegando o imperativo do passado e sua inquestionável sabedoria.

O atual “valoroso” é o culto aos instintos e aos impulsos egoístas, distantes dos valores virtuosos e da ética. Numa casa verde-amarela construída sem sólidas fundações – a do conhecimento pragmático, na genuína alfabetização em matemática, ciências, português e línguas -, o risco desta frágil habitação – dos prazeres individualistas, imediatos, e de falácias coletivistas – continuar fazendo o tecido social se desgastar e ruir não é nada menos do que gigantesco.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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