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Donald Boudreaux e a defesa da liberdade

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Se há algo que me entedia um pouco atualmente são as discussões intermináveis entre ‘liberais’ para saber quem é mais ‘liberal’. Confesso que, um dia, já me deixei envolver nelas, pensando que, assim, defendia o liberalismo.

Só quando me dei conta de que é a defesa da Liberdade o que realmente importa, e não como as pessoas se autointitulam, é que larguei de lado aqueles debates improdutivos. Hoje, o que define para mim quem é e quem não é um defensor da liberdade são alguns princípios básicos, resumidos por Donald Boudreaux neste curto comentário, em seu blog:

“Uma das características distintivas do liberalismo [em que acredito!] é o reconhecimento de que capacitar o governo a determinar de qualquer maneira específica a alocação de recursos – isto é, capacitar o estado a afetar a alocação de recursos além do que é necessário para proteger a propriedade de todos, os direitos contratuais e, talvez, fornecer alguns bens genuinamente públicos, como a defesa nacional – é dar a indivíduos particulares o direito e o poder de perseguir seus fins concretos preferidos, ao mesmo tempo em que nega aos outros o direito e a capacidade de perseguir seus próprios fins.

O liberal não apenas teme que tal poder seja abusado. Claro que será! O liberal também entende que tal poder inevitavelmente corrompe aqueles que o possuem. (…)

O liberal nunca tem certeza de que os fins que escolheu para si são os melhores. Mas o liberal tem certeza absoluta de que não está em posição de escolher sabiamente os fins para os outros.

O liberal é verdadeiramente humilde, uma característica que muitas vezes é confundida com indiferença ou embotamento intelectual. No entanto, a recusa do liberal em interferir nos assuntos de João não sinaliza a indiferença do liberal ao bem-estar de João. Também não é um sinal da incapacidade do liberal de inventar uma bela teoria sobre como sua interferência nos assuntos de outras pessoas poderia fazer maravilhas.

Em vez disso, a recusa do liberal em interferir nos assuntos de outras pessoas sinaliza – além do respeito maduro e civilizado do liberal pela autonomia de outras pessoas – o entendimento do liberal de que tal interferência muito provavelmente vai piorar não apenas o objeto de sua interferência, mas provavelmente também outras pessoas em situação pior.

Finalmente: o liberal não deseja corromper seu próprio caráter presumindo ser tão superior aos outros que tem o direito de impor suas ideias, opiniões e preferências aos demais.”

Em tempo: tudo isso não quer dizer que o liberal não possa tentar convencer os outros através do diálogo franco e da persuasão. O que não vale mesmo é tentar impor seus pontos de vista aos demais pela via da força, da coerção e de outras tantas manobras coletivistas, as quais, não raro, subvertem os verdadeiros significados de Liberdade, isonomia e Justiça, em favor da vontade de alguns poucos…

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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