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Como o Estado se fortalece no caos

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Medo. Tristeza. Carência. Essas foram algumas fragilidades das quais os governantes tiraram proveito para a adoção de políticas intervencionistas ao longo da pandemia. Nessa experiência, fica perceptível o impacto que isso causou na economia das nações e na vida dos indivíduos, em muitos casos sendo irreversível. Desse modo, além de ser fundamental para a sustentabilidade econômica do país, combater o totalitarismo estatal é lutar pela liberdade do indivíduo.

Ao impor políticas que impediram a abertura de comércios durante o período pandêmico, o Estado mostrou seu potencial ditatorial. Primeiramente, essa instituição tomava a decisão por meio do julgamento de quais negócios eram essenciais ou não, no qual os próprios estatistas decidiam. Somado a isso, praticavam penalizações contra aqueles que precisavam ter seu comércio funcionando como forma de garantir o sustento.

Essas ações tomadas são totalmente incabíveis, visto que o mercado e os indivíduos  devem tomar essa decisão, por serem os únicos aptos a isso. Esse ponto pode ser reforçado pelo argumento de Finn Andreen, ao afirmar que “políticos geralmente têm pouco entendimento de como os mercados funcionam. Na esmagadora maioria das vezes, não entendem absolutamente nada de economia”.

Assim, o Estado apenas se aproveitou de um momento caótico para demonstrar seu poder e se fortalecer como instituição máxima. Tal situação criou um cenário com ainda mais intervenção e regulamentação sobre o mercado.

Os estatistas abusaram das políticas intervencionistas ao longo dos meses de pandemia e praticaram sanções contra quem ousasse não obedecer, sem que fossem apresentadas evidências convincentes de que as restrições impostas eram eficazes. As intervenções contra os cidadãos mais comuns foram a obrigatoriedade da utilização de máscara e a proibição de sair de casa. Os indivíduos que tentaram lutar pela sua liberdade de escolha sofreram punições. Estas, de acordo com a situação, poderiam ser multas financeiras ou prisão, o que demonstra o quanto a liberdade individual foi fragilizada no período de pandemia em prol do suposto bem-estar coletivo. Em contrapartida, o Estado saiu fortalecido e mais totalitário. Como afirmava Friedrich Hayek, “há sempre uma relação inversa entre autoridade governamental e liberdade individual”. Assim, se faz necessário saber interpretar os truques utilizados pelo Estado para fortalecer sua intervenção, que é imposta gradualmente por meio das restrições governamentais.

Dessa forma, a interferência sobre o mercado e a liberdade individual, pautada no bem-estar social e na fragilidade dos cidadãos em um período caótico, é uma estratégia eficiente adotada pelos governantes na busca da supremacia do Estado. Combater o intervencionismo estatal não é uma tarefa simples, mas se faz necessário. Uma maneira para que isso aconteça é instruir os indivíduos sobre a importância da liberdade individual e do livre mercado, tal como dos perigos das pequenas restrições praticadas rotineiramente pelos estadistas.

*Hermes Fim é colaborador no Instituto Líderes do Amanhã.

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