Liberdade, coerção e protestos…
Eu vou às ruas no dia 04/06, não pela democracia, não pela justiça nem pela liberdade. Eu vou porque o governo brasileiro foi tomado por uma gangue que está destruindo as precárias instituições existentes que defendem os meus direitos individuais à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade como melhor me aprouver.
Democracia é uma faca de dois gumes, justiça é virtude que requer antes um padrão de moralidade, liberdade é um estado de coisas onde a coerção é extirpada do contexto social por vontade própria dos indivíduos ou por imposição estatal.
Poucos têm compreensão destes institutos necessários para que a vida em sociedade transcorra de forma segura e pacífica.
Se eu disser: “a vida é minha e para mantê-la eu preciso de liberdade para criar e manter valores para o meu proveito, sem que ninguém me tire a força o que eu produzi, sem o que não conseguirei realizar meus propósitos, saciar minhas ambições para ser feliz”, tenho certeza de que todo mundo entende.
Então, eu vou às ruas por mim. Não é pelo país. Não é por vocês. Agora, ao defender os meus direitos individuais, estarei implicitamente, por dedução lógica, defendendo os direitos individuais de todo e qualquer ser que esteja sendo submetido à tirania dos déspotas vinculados ao PT.
Eu vou às ruas pela minha vida, pela minha liberdade, pelo que é meu, inclusive o meu futuro e daqueles que eu prezo.
Eu vou às ruas e digo que estou indo tarde. No dia em que viraram a mesa, que rasgaram a Constituição e passaram a decidir arbitrariamente sobre como devemos nos comportar no nosso país, já devíamos ter ido às ruas. Não nos quarteis. Não para cair em armadilhas para desmoralizar e desmobilizar as manifestações legítimas, mas às ruas, nas praças, nas janelas e na internet.
Acomodar-se quando uma tirania se instaura é confirmar que se é servil, obediente e dócil como um pet domesticado.