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Donald Trump é o respiro do bom senso

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Donald Trump vem se tornando, a cada dia que passa, um presidente que atua fora do grupo dos queridinhos da ONU, e ontem (19/09) ele declarou isso no próprio púlpito. Suas ações, há tempos, vêm sendo de cunho verdadeiramente conservador e nada resiliente frente às propostas progressistas tomadas como dogmas por aqueles que se aconchegam aos planos e cartilhas globalistas. A realidade é que Trump se mostra um presidente independente, um líder com coragem para agir sem ter que se preocupar com as opiniões e aceitações de setores que nada influenciam positivamente para o crescimento e a edificação da liberdade em seu país. Trump não nutre o medo — recorrente em outros líderes — de perder apoio político aqui ou acolá, afinal, ele era a última opção dos republicanos e o novo Hitler para as mídias mundiais. O que poderia piorar?

Ele nunca teve apoio político massivo das classes políticas americanas, a não ser de alguns poucos no início e de outros tantos quando as opções se resumiram entre ele e Hillary Clinton. Trump não teme perder apoio político, pois nunca o teve, e se hoje possui maioria no congresso — em alguns casos — é pela influência das pautas do partido republicano, e não por simpatia de seus correligionários. Ele vem sendo um verdadeiro presidente conservador, o que faz com que muitos o apoiem sem declarar publicamente isso. Trump, em suma, é aquele colega de classe que dá opiniões coerentes e certeiras ao ponto de todos internamente concordarem, mas, por ser antipático, a tendência é que mesmo ele estando certo muitos se posicionem contra suas opiniões só por conta de sua arrogância. Sua força política vem de seus eleitores e adeptos que hoje extrapolam as fronteiras americanas.

Quem advém desse panorama político, da crucificação midiática e dos olhares raivosos da trupe dos poderosos de Nova Iorque não nutre o medo da censura e nem do boicote da aristocracia revolucionária americana. Todavia, o que as sociedades dos globalistas ainda não compreenderam, ou não sabem como assimilar, é que Trump possui respaldo popular para fazer as reformas que o próprio povo julga necessário.

Nas primeiras semanas de seu mandato ele proibiu o financiamento com dinheiro público às maiores indústrias de aborto de seu país — as galinhas de ouro do governo Obama —; ao mesmo tempo que quer aumentar o financiamento das forças armadas americanas; fez o maior corte de juros da história americana; e, em algumas semanas no poder, reduziu a taxa de desemprego ao menor número em mais de uma década, o que Obama não fez em 8 anos. Ou seja, atitude de um homem que não teme represálias, ataques unilaterais midiáticos ou políticos; Trump governa com autonomia cumprindo, até o momento, as suas promessas e realizando aquilo que seu eleitor a ele confiou.

Trump é o terror das velhas senhoras da ONU e dos revolucionários gourmet globalistas. Todavia, é bom dizer, não acho que tudo são flores, e nem estou a idolatrá-lo, ainda que eu admita que ele me parece uma das mais gratas surpresas políticas dos últimos 50 anos. Por exemplo: suas medidas protecionistas referentes ao controle alfandegário me parece ser um tiro no pé que se revelará danoso daqui alguns anos; seu claro despreparo filosófico no campo das ideias políticas, sobrevivendo, por vezes, de um senso comum para sustentar seus argumentos, o que me parece algo perigoso no mundo político onde o intelecto e o preparo retórico são constantemente exigidos; além de seu jeito enérgico e destemperado, não me parece proveitoso para um líder que suas atitudes possam ser geridas por emoções e alaridos de momentos. Entretanto, o que vemos hoje é um presidente que saiu do status quo dos sorrisinhos fáceis e dos populismos baratos da era Obama.

Sobre essa manta política, Trump foi discursar na ONU, e em seu discurso ele disse absolutamente tudo o que as cartilhas de bons modos revolucionários e o pacto de não agressão dos sentimentos globalistas não permitem que sejam ditas: falou em aniquilar a Coreia do Norte; disse com orgulho que está aumentando a força militar dos EUA, provocou a China — ninguém provoca a China —; afirmou ao mundo inteiro que o socialismo não funciona per se: “O problema da Venezuela não é que o socialismo tenha sido mal implementado, mas que o socialismo foi fielmente implementado”; chamou Nicolás Maduro de ditador — nenhuma novidade para quem não cultua o socialismo, mas para muitos da ONU isso é um crime lesa-majestade —; além de ter citado a família e o “Deus todo poderoso que criou a todos nós”. Ou seja, sabemos bem porque Trump é a causa da histeria dos progressistas no mundo, atualmente.

A impressão que nos é deixada é que os homens da política aprenderam que há certos temas que não podem ser ditos através dos discursos oficiais, todavia, Trump parece ter faltado nessa aula. Quem ouviu o discurso de Temer omitindo dados oficiais da crise brasileira, unido a uma pomposa fala de diplomata socialmente engajado, percebe que a um é mais caro a imagem de bom moço e os afagos dos poderosos, enquanto que, para Trump, o importante é a sinceridade, autenticidade e a realidade política exposta sem enfeites. No país que enfrenta 60 mil assassinatos por ano, uma economia estacionada e, consequentemente, a taxa de desemprego nos patamares dantescos, ter seu presidente pintando um Brasil inexistente, com discursos faustosos, é algo desesperador.

Se como liberais ficamos atentos e preocupados com a guinada protecionista do governo conservador de Trump, no campo político vivemos com ele um tempo para respirar sensatez; longe de querer agrados e adequações aos programas e aos regimes parvos, ele evidencia a todos um compromisso real com a verdade dos fatos e o múnus com o aumento da repressão contra tudo que ameaça a liberdade dos indivíduos.

Por fim, Trump se mostra uma grata surpresa entre aqueles que, como eu, torceram por sua vitória por falta de opção, mas que, ainda sim, nutria enormes desconfianças sobre seu modus operandi governamental. Acostumados ao recurso da complacência e aos adornos de linguagens, quando alguém nos mostra a realidade — sem filtros ideológicos — ficamos estupefatos com o choque que a verdade nos causa quando dita sem vaselina. Trump é a brasa ardente que globalistas terão que engolir por bons anos. Seu discurso na ONU evidenciou muitas coisas como mostrei acima, mas o que mais se destaca entre as entrelinhas é que: o bom senso e a realidade respiram por entre os meandros utópicos do mundo perfeito de Merkel e Obama.

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Pedro Henrique Alves

Pedro Henrique Alves

Filósofo, colunista do Instituto Liberal, ensaísta do Jornal Gazeta do Povo e editor na LVM Editora.

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